segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Amadeu Nuvem

Título do livro: Amadeu Nuvem

Gênero: Contos

CAPA:
Amadeu Nuvem

Amadeu Nuvem é um dos heterônimos do historiador José Aroldo Gonzaga Arruda Filho (Aroldo Historiador-Ateu Poeta), de Pacoti-Ceará, filho de Maria Rosimar Brito Arruda e José Aroldo Gonzaga Arruda.

Sumário: 


1-RECOMEÇO
2-CAROL
3-ANJOS
4-DIÁFANO
5-ALEX, MR. IMAGINAÇÃO
6-CLARICE
7-O AMULETO DE DÁRIO
8-ÉCTOR
9-ANJO AZUL
10-AMADEU
11-A CRIANÇA
12-O DESEJO DE ANDERSOM
13-ANJO NEGRO
14-SEMENTE
15-AUGUSTO
16-ANJO NEGRO VERSUS COLIBRI
17-SÚBITA PAIXÃO DE UM DANÇARINO
18-O PÍFANO
19-CRISE
20-YAMANDÚ VERSUS JACK BÄUER
21-ALÉM DA LUZ
22-COGNATA
23-IDEALÂNDIA
24-DEUS VERSUS ADAM
25-INVINCTO
26-LOBO BRANCO
27-ÍSIS
28-O SENHOR DAS ALMAS
BIOGRAFIA DO AUTOR:
  • https://ohistoriadordepacoti.blogspot.com/
    https://aroldohistoriador.blogspot.com/
    • Historiador, Professor, Literato, Blogueiro, Jornalista Independente, Ator Amador & Humorista.
    • Nascido em Pacoti-Ceará em 1º de abril de 1986.
    • Estudou no Jardim na Escola Menezes Pimentel, da alfabetização à 8ª série no Instituto Maria Imaculada em Pacoti. Fez cursinho no Evolutivo em 2005 em Fortaleza. Em 2006 iniciou estudo em Administração na Faculdade Evolutivo em Fortaleza, fazendo ainda um pouco mais de um ano e abandonou para fazer novo vestibular em Pacoti na UVA-Universidade Estadual Vale do Acaraú, onde criou o Jornal Delfos no primeiro dia de aula em 2007 com mais dois colegas e formou-se em Licenciatura Plena em História em 2010. O Jornal Delfos foi impresso 14 vezes até agora e será doravante feito em PDF, fora os sites e o blog. Continuam como Presidentes iguais e Criadores e Idealizadores Ateu Poeta e Cristiano Viana Silveira.
    • Praticante de alguns esportes como: 
    1. Xadrez, participando do 2º Campeonato de Xadrez de Guaramiranga em 2013;
    2.  Futebol, participando de 3 campeonatos em Pacoti, no primeiro o time só perdeu, no segundo o time foi desclassificado do Festal por ter quase todos os jogadores maiores de 18 anos, ele com 16 anos, ganhando ainda a primeira partida por W.O. e no terceiro campeonato seu time ganhou todas as partidas levando apenas um gol, terminando em 3º lugar e só o goleiro ganhando medalha; 
    3. Basket, desde o Instituto Maria Imaculada, passando pelo cursinho no Evolutivo Centro-Sul e de volta a Pacoti fez parte do 1º torneio de basket em Pacoti na quadra do Pólo de Lazer e do 1º torneio de baket meia-quadra também em Pacoti. Fez parte do time de Pacoti de basket em 2008; 
    4. Vôlei pouco jogou
    5.  Hadball pouco jogou; 
    6. Capoeira, desde os 14 anos;
    7.  Karatê, onde tirou 2ª faixa em Baturité em 2012; 
    8. Muay-Thai, nível iniciante; 
    9. Krav-Magá, nível iniciante 
    10. 4 cursos de Defesa-Pessoal.
    • Tirou 3º lugar no concurso de desenhos O Pacoti Visto Por Suas Crianças (1997).
    • Um dos criadores do jornal VISART (2002- agora chamado Jornal Visarte em 2018). 
    • 1º lugar no Estado do Ceará em auto de natal, atuando como o Rei-Mago Baltazar (2004).
    • Criador e Presidente e idealizador do Jornal Delfos-CE(2007).
    • Consertou a idade do Município de Pacoti, retirando um erro de 48 anos para menos, inicialmente questionando no Jornal Delfos-CE Impresso 2ª Edição (2008.)
    • Criador e Idealizador da Associação Cultural SEMPRE-Segmento dos Estudiosos da Memória e Patrimônio Regional da Serra de Baturité (2008)
    • Criador e Idealizador do 1° Arquivo Público do Interior do Nordeste (2009).
    • 2° e 4° lugares, consecutivamente, no 1° e 2° concursos de poesia da comunidade do Orkut "Vamos Escrever um livro?"(2009 e 2010)
    • Criador, Idealizador e Curador da Exposição Histórica: "PACOTY: UMA HISTÓRIA EM DOCUMENTOS", aprovado pelo Banco do Nordeste (2010).
    • Formou-se em Licenciatura Plena em História. (2010).
    • Sócio do Instituto Desenvolver (2011).
    • Trabalhou para o Governo do Estado do Ceará como Pesquisador no Porto do Pecém (2011).
    • Ministrou aulas de História, Geografia, Arte, Religião & Ciências em Pacoti e em Guaramiranga no Colégio São Luís, na Escola Menezes Pimentel, na Escola Linha da Serra & na Escola Monteiro Lobato. (de 2008 a 2017).
    • Convenceu a UECE e o Banco do Nordeste a fazerem parceria que resultou no Projeto Espaço Nordeste, de 5 milhões de reais, instalado em Pacoti, mas servindo a todo o maciço de Baturité, de janeiro de 2012 a julho de 2016. Este projeto fez ainda a UECE ficar em 11ª no mundo, única representante do Brasil em um dos quesitos da ONU e empatar ao mesmo tempo com a USP em outro dos 95 quesitos educacionais avaliados mundialmente por esta instituição. 
    • Foi um dos ativistas político-sociais responsáveis pela Revitalização do Sistema de Esgoto de Pacoti, representando o Jornal Delfos-CE em 2016 e inda aceitou o posto de fiscal voluntário desta obra que acabou vido apenas em 2020 e se concretizou finamente em 2022, com o investimento de mais de 6 milhões de reais enviados pelo Governador Camilo Santana (PT).
    • 2° Lugar em concurso pensamento na comunidade "Grupo de Poesia" no Facebook (2012).
    • Publica notícias, contos, crônicas, poesias, fábulas, romances, artigos, peça teatral e letra de música em vários sites, dentre eles redes sociais e muitos blogs, desde 2005.
    • Foi candidato a vereador pelo PT em Pacoti em 2012, tendo 51 votos.
    • Atualmente publica em algumas páginade Facebook e modera grupos. Tenta seguir a carreira de facebooker e de youtuber.
    • Participa de 2 e-books virtuais pelo Balcão de Poemas: "Por onde andei?" & "Quem sou?"; organizados pelo poeta gaúcho Wasil Sacharuk.
    • Participa da Antologia Poética não impressa do antigo Bar do Escritor de 2011, a qual recuperou em formato virtual.
    • Recebeu a Comenda Domitila de Honra ao Mérito em 2016, da SECULDT-Secretaria de Cultura, Turismo e Desporto de Pacoti & Prefeitura Municipal de Pacoti (2016).
    • Concluiu Pós-graduação em Gestão Escolar (2016).
    • Selecionado para o Prêmio CNNP da Editora Virara-Concurso Nacional Novos Poetas- 4x seguidas (2016, 2017 & 2018, &2019).
    • Teve poesias selecionadas para a Revista Gente de Palavra 2x seguidas (fevereiro & abril de 2018). 
    • Conselheiro de Cultura desde 2018, com "o cargo" de secretário na cidade de Pacoti-CE.
    • Membro do Comitê Gestor para implementação da Lei Aldir Blanc de 2020 em Pacoti.
    • Autor de 18 blookes (2 em andamento).
    • Recebeu certificado de honrarias da Secretaria de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovações de Pacoti por ajudar no desenvolvimento do Projeto "Amigo Educador", criação do Prof. Ricardo Alves, atual gestor de humanas na Educação Básica de Pacoti.
    • É vice-presidente local do Partido Comunista do Brasil-PCdoB pela segunda vez seguida e é pré-candidato a deputado em 2022.


RECOMEÇO (1º conto)

CAP1: REPORTAGEM PRIMA

Mani: _Você enfrenta muitas dificuldades?
Sírio: _Claro! Já viu alguém de cadeira de rodas que não sofra?
Mani: _E você?
Antônio: _Não!
Mani: _ A mesma pergunta para você que tem boas pernas.
Edimilsom: _Ter pernas é tudo por acaso?
Luís: _Ei, hermano, ali é a casa de um cantor. Porque não o entrevista?
Mani: _De onde surgiu o nome de seu novo C.D.?
Ademar:_Veio de uma música que relata poluição, guerra, desmatação e fome, ou seja; a “Expressão da morte”.
Mani: _Qual sua primeira composição?
Ademar: _ “Adoção”, fala sobre a solidariedade de um casal ao adotar uma criança órfã, que, aliás, é seu terceiro entrevistado de hoje, seu tio-avô e meu irmão adotivo, Edimilsom.

CAP2: O HOMEM ELÉTRICO

Noite chuvosa, Dr. Douglas faz experiências científicas. Lá fora começa a relampejar, um dos raios transforma Augusto, filho de Dr. Douglas e Eloíse, em uma mistura de coruja, águia, morcego, gato, abelha, aranha caranguejeira e formiga rural.

Os mutantes daquela e de mais seis cidades foram algemados, ao saberem disso, Dr. Douglas e Eloíse fugiram com o filho para longe e bem a tempo, pois as sete cidades foram destruídas entre tiros e bombas das forças armadas e a revolta dos mutantes.

CAP.3: A BATALHA INFERNAL

Jonas e Aufred conversam sobre o desaparecimento de Édgar Zinon Iacopt, quando Aufred avista uma mulher e vai ao encontro dela.

Aufred: _Como você é bela, casa comigo?
Angeline: _Já sou casada.
Aufred: _Meus pêsames.

Não muito distante dali, um diálogo mais romântico:

Dara: _Aceita namorar comigo?
Hálidez: _Lógico, eu duelaria até com um leão por um beijo seu, minha ninfa!
Dara: _Corajoso! Herdou a bravura ou a lábia da família?
Hálidez: _Quem não se arriscaria pela beleza de Dara, que com firmeza meu coração incendiara, para a qual a infalível flecha do amor me destinara? Quem por pura beleza merecia ser coroada deusa das estrelas, as tais mesmas brilham mais quando Dara olha para o Céu, que a envolve igual véu de ternura por sua existência, mesmo o Sol tem a imprudência de amá-la, quantas vezes ele chora por não poder tocá-la, o próprio anoitecer se cala pela doce ilusão de que um dia ela o toque e o beije, mesmo que de leve. E uma coisa é certa, sem Dara a rua é deserta e a não amá-la nenhum coração se atreve.
Dara: _É, você fala bem.
Hálidez: _Para você entrego o mais completo amor vivo, com você me torno imbatível e por você realizo quase o impossível. Já que dom é intransferível, porque não usá-lo ao auge do infinito?

Em outro local Handir e Nélio comentam a vida de Gonsala e Potaci, mas Handir abandona o amigo e vai até uma moça chamada Laura.

_Sabia que eu nunca me apaixonei antes, até vê-la?

Ela sorri e diz: _Você não mente nada, não é?

_É sério! Você acha que eu mentiria para uma coisa tão bonita assim? Já que seus olhos são verdes permita-me ler um poema em homenagem a eles, você gosta?
_Sim, você mesmo que escreve?
_Sim.

VERDIAR

Seus olhos verde-esmeralda
Iluminam meu caminho
Até sigo de mansinho
Por causa desse verdiar

Minh’alma se encanta
Enquanto corpo treme
Chega coração se espreme
Que é para não se apaixonar

Necessito de carinho
Quero a encontrar
Abracei verde espinho
Por que me fez lembrar

Desses olhos tão lindos
Quase bailarinos
Que se encontram com os meus
Só para amor me atirar

Chego a ver o infinito
Em meu peito aflito
Não existe horizonte
Apenas de amor um monte

Por essa mulher bela
Que em meu sonhar é Cinderela
Na cama quente da paixão
A cada doce instante da ardu’embriagante emoção

Esses magníficos olhos enverdiaram minha mente
Meio que me deixam descrente
Diante a tamanha beleza natural
Não resisto amar esse verde angelical

ATLETAS DA AUDÁCIA

Nesta terra de passados derrapantes
Nos escondemos das guerras dos gigantes
Estamos pela própria sorte
Nascemos entre a pedra, o peito e a morte
Mas se abraçarmos a vida
Com a mais pura confiança
Estaremos nos tornando atletas
Da audácia e tolerância
E o mundo desses
É muito mais excitante

Em uma cidade vizinha Luís escuta uma poesia de Elias:

CONSERTO

Hoje que o homem já viu de tudo, cá estou eu, um desconhecido total que surgiu para evoluir e fazer ele, o homem, presenciar situações novas.

Reacender nele o entusiasmante admirar pelo novo, criar em suas obras a construção da fraternidade, abrir-lhes os olhos para a verdadeira vida.

Encher-lhes a mente com boas metas, torná-lo sensível a causas nobres, acessar seus sentimentos mais secretados.

Causar-lhe dor, arrancar-lhe lágrimas vomitadas com ódio, humilha-l e feri-lo.

Essa foi a missão a mim confiada para que ele tome consciência de toda a angústia que sofrem os rejeitados, para que ele saiba de qual massacrante é sua ação e seu descaso pela sua espécie.

Para que um dia ele olhe para trás e tenha coragem suficiente de recomeçar com mais vigor, e tenha fôlego bastante para nunca deixar seu planeta, sua gente, suas florestas morrerem, pois ao mesmo tempo em que ele é responsável por, também é parte de um esplêndido pedaço do Universo. E deixá-lo morrer seria o gesto mais absurdo que já cometera.

Eis-me aqui na função de buscar na zona mais escondida de seu ser a virtude necessária, um pouco de fé na bondade junto com um pingo de sensibilidade e vontade disposta a construir seu auto-melhoramento na busca de dignas condições de vida para todos aqueles que sofrem.

Sem distinção.

Luís some, aparece em um lugar cinza, luta com vários adversários, começa a lançar raios elétricos ao mesmo em que se multiplica e foge de enormes cães. Ele entra na caverna dos quatro demônios:
Fágner, Hádige, André, Deniepanc, que lhe propõem aliança a fim de destruir seus inimigos; os deusesAguiles, Ugo e Henri.

Luís olha em volta reconhecendo aqueles que Deniepanc dizia tratar-se de “alunos” seus, porém percebe que esses apenas desejam acréscimo de força para retornarem em fuga para o planeta Terra.

André entrega armaduras pesadas enquanto movimenta as mãos abrindo quatorze estradas em uma espécie de “jogos de arena” em que cada participante seguiria por uma via distinta onde enfrentariam gigantes como forma de treinamento.

Embarcaram nessa juntamente com Luís e foram tele-transportados por Hádige a mando de FágnerZinon, Édgar, Nélio, Laura, Handir, Gonsala, Potaci, Elias, Aufred, Angeline, Hálidez, Jonas e Dara.

De repente os “alunos” estavam sendo acordados por: João (santo), Suzie (chefe da Legião Angélica Celeste), Eloíse (professora), Dr.Douglas (cientista), Isabele (princesa), Ademar (cantor e compositor)Isadora (enfermeira), Carlos (engenheiro), Antônio (agrônomo), Carol (empresária), Augusto (estudante)Amadeu (capoeirista-cantador) e Heitor (lutador de Judô).

Destruíram o Universo na batalha, mas apenas os demônios faleceram.

CAP4: UM NOVO UNIVERSO

Escorado em um canto, um menino treme de frio, ele foi o único sobrevivente da lista de Sírio, a maior gangue de tráfico de todos os tempos, também é como se chama o líder desta.

O poder bélico desta quadrilha é tal que todos os países se uniram, antes da destruição do universo é claro, passando por cima das “guerras santas”, do passado de atritos, enfim, no mundo as atenções estavam voltadas nela, fazendo até mesmo os mutantes serem esquecidos.

Eu, Mani, tio de Augusto, e irmão de: Dr. Douglas, Luís Elias,
Sou filho de Rildo Alex Tal Paco, que é filho de: Amadeu Isaura, filha de: Antônio e Carol.

Eu e o menino inventamos uma arte marcial, o I.T.I.E.C. (Incoloridade, Transparência, Invisibilidade, Especialidade e Combate).

O guri era Augusto e estava acompanhado dos mutantes: César, José, Veloso, Ronaldo, Carol (sua trisavô), Edimilsom Elias (seu tio).

Decidimos formar um grupo batizado de Clube dos Poderosos (C.P.) com academias que mais tarde se expandiriam, e quando menos esperávamos, todo o mundo praticava o I.T.I.E.C.

A Terra some em meio a um certo brilho. 

Eu digo:_Uma grande batalha acontece no espaço, e por que será que não morremos?

_Talvez porque poder não desfragmente quem o possui. _Responde Elias.

Augusto e Carol atravessam uma barreira incolor, da qual fui o último pois demorei a aceitar que o Universo havia desaparecido.

CAP5: RAIZ

Ao chegar noutro Cosmo deparo-me com uma enorme briga do Clube dos Poderosos com a gangue de Sírio, em pânico tento voltar, esbarro justo no chefão.

_O que é isso, rapaz, onde escondeu seu “espírito de equipe”, já iria abandona-los?
_Adquiri poder a pouco tempo.

Sírio me ataca, com inúmeros batalhões de seu exército. Quase em desmaio, já não reagia, quando apareceram a meu favor dezoito personagens entregando-me canetas artesanais fabricadas a partir de pau-brasil, eram eles: Francisco (Zumbi dos palmares), Obaluaê, Pacoti, Tupã, Saci, Cuca, Lobisomem, Alucard,Ganga Zumba, Jaraguari, Emília (de Monteiro Lobato), Mula-sem-cabeça, Anhanguá, Uauiara (o moço boto), Cobra-Norato, Curupira, Iracema (de José de Alencar) e Poty.

Usei meu “Efeito-Catapulta” para eliminar meu antagonista.

Ganga Zumba, Obaluaê e Pacoti põem em minhas mãos uma raiz especial tirada na capoeira enquanto Francisco brada: _Segure firme, isso aí é o Recomeço! _Disse isso apontando para a raiz.

Saímos de lá rumo a outros Universos.

Amadeu Nuvem

CAROL (2º conto)

CAP1: FELICIDADE

Antônio era um sujeito calado, com fama de antipático, mas por baixo do semblante sisudo suspirava um amor platônico por Carol, vivia a sonhar com essa, todavia, faltara-lhe coragem para revelar-lhe seus sentimentos.

Um dia recebera um bilhete:

CONVITE ESPECIAL

Meu estimado amigo,
Convido-o para a celebração de meu casamento
Dia três de setembro
Atenciosamente,
Carol.

No verso do convite estava escrito a mão: Caso-me com outro, mas sabe que minha paixão é antiga; um certo Antônio que não demonstrava o que sentia. Se amar-me, é o que almejo veementemente, empeça esse ato insano, do contrário, queime este.

A certeza de uma vida palpitava no peito amado, pior é ser retribuído e não saber. O homem compra paletó, gravata, cartola, mas parece um mágico. Na data esperada é eficaz. Prestes a responder a indagação sagrada a noiva olha ao redor, alguém se aproxima do altar.

_Minha querida, venha cá. Agora sei que posso enfim ser feliz, sempre a amei, esperava um sinal claro, dê-me a mão e partamos o quanto antes. Prometo respeita-la para a eternidade conjugal.

_Não pensei que fosse capaz, meu amor, de tamanha proeza, porém fê-la em boa hora, sigamos nossos sentimentos.

CAP2: O DIA DO MATRIMÔNIO

Ele sorria com ar irônico ao discutir com o progenitor: _Parabéns! _Dizia após o recebimento de uma bronca. _Pode deixar que eu vou a pé! _E entrega o volante ao outro.

_Continue assim e você perde a carteira, rapaz! _Berra o guarda que se aproximara.
_Seu guarda, eu já lhe passei um esparro, ele só parou porque o obriguei, contudo, hoje é seu casamento, alivia aí, tá?
_Claro, dessa vez passa.
_O senhor pode assistir se quiser, quem convida é o pai do noivo.
_Dê-me o endereço que passo lá mais tarde, afinal o que importa é a festa, ou melhor, a comida, não é verdade?

Já na matriz, antes do “sim”, na expectativa do beijo e do arroz, o vigário entona a clássica oração: “_Quem tiver algo contra essa união, que fale agora ou se cale para sempre!”.

Para a surpresa geral, um tal de Antônio declarava-se à “dama de branco”, o que fez com que todos, até o padre, caíssem no riso a pensar que se tratava de uma brincadeira. O casal enamorado casava-se noutra cidade horas mais tarde.

Carlos não acreditou quando sua futura mulher fugia com outro, saiu furioso, bateu o carro, vagou que se perdeu, com a cabeça a mil, reagiu a um assalto e correu em meio a tiros. Daquele dia em diante ninguém mais chegou a ver Carlos, nem mesmo seu cadáver fora encontrado.

Alguns meses após, Antônio e Carol foram presos por assassinato, com vários corpos sedentos sobre os lençóis. Dizem, mas ninguém confirma ter provas concretas, que os mesmos assaltantes que atiraram em Carlos é que estariam ali mortos.

E nas celas onde foram presos os protagonistas deste, estava escrito nas paredes, em letras garrafais: A morte, já que virá a todos, está interligada em uma cadeia, mate alguém e estará cometendo suicídio, morra que outros o acompanharam em velórios simultâneos, pois, se os punhos da rede, que somos nós, quebrarem, ela irá abaixo, essa é a lei que seguimos sem consciência.

Amadeu Nuvem

 ANJOS (3º conto)

CAP1: A MISTURA

Um garoto escondido permanece na escola esperando a madrugada, ansioso por uma chance de ficar no laboratório de ciências isolado das críticas e cortejado pela liberdade de criação, contudo, acaba trancafiado no armário azul da sala, proibida para os que ignoram os efeitos fisiquimibiológicos.

Mateus, o guri preso no armário, era bastante esperto, planejara cada passo, alguns colegas arranjaram-lhe muitos produtos químicos, criam cegamente em sua capacidade de criação, suas fórmulas e explicações de novas teorias pareciam tão perfeitas quanto complexas e exóticas. Tudo de que precisaria era de um laboratório, a oportunidade de provar a autenticidade das formulações que inventara.

Primeiramente saia-se da clausura com auxílio de uma substância ácida espalhada sob forma de um quadrângulo e um chute; estava fabricada a semi-porta. A roupa do menino maroto continha inúmeros bolsos internos tanto na blusa como na calça, em cada deles amontoava vidrinhos repletos de substâncias não permitidas, na mochila outro tanto.

Bloco e caneta a mão, iniciada a operação, os acréscimos de informações eram cautelosos, precisão é a alma das grandes descobertas científicas. Mateus fez um cálculo errôneo e de repente uma fumaça colorida toma conta do lugar. A porta é arrombada sem muito barulho, a fumaça some.

_Mãos ao alto! _Fala o estranho.

_Seu polic...(não é policial, cadê a farda?) _O garoto se da conta de que está defronte com um ladrão.

_Não atire! _Implora o kid._ O bandido abre a jaqueta, como para guardar a arma, no entanto, pega o silenciador, encaixa no calibre e atira no mirim.

CAP2: A REAÇÃO QUÍMICA

D.Júlia, sente a falta do filho à noite e chama Seu Lucas, que conferia a cama vazia.

_O telefone da escola não atende! _Grita a mulher exasperada.
_Ligue para a polícia que irei sair a procura dele.
_Vou com você.
_Não, alguém deve estar em casa quando nosso filho chegar.

Seu Lucas avista um incêndio no colégio onde seu guri estuda, os bombeiros, atônitos, chamam ambulâncias. Bandidos em chamas eram jogados para fora da escola com uma incrível força.

O pai por via das dúvidas indaga a José Felipe, um dos bombeiros se não fora avistado um moleque no recinto ardente.

_O que uma criança faria no meio de tamanha incandescência?
_Sabe-se lá, meu guri sumiu, sabe? Minha mulher está aflitíssima, acontece que o guri estuda aí.

Nesse momento surge o moleque jogando três delinquentes pelos ares, brada forte: _Apaguem-me esse fogo!

O pai corre aos pés do guri: _Queimou-se, meu gene?

_Que nada, pai, força de expressão, um desses idiotas atirou em mim, entretanto, meu campo-de-força protegeu-me, e além, com a explosão, ganhei a força de um tubarão-baleia. Esse é o resultado de minhas experiências submetidas ao calibre de um imbecil com seus revólver e silenciador. Veja como silêncio não cabe à ciência.

CAP3: A RESSURREIÇÃO DE ALENCAR

No caminho de volta para casa Alencar presencia um crime.

_Matem-no! _Diz o chefe do bando.

A testemunha ocular põe-se a correr, mas é pega e morta com um tiro na cabeça, em seguida é posta no porta-malas de um veículo e, à noite, é enterrada, juntamente com os corpos das vítimas anteriores.

Na noite seguinte os bandidos chegam ao cemitério para enterrar outro corpo, porém, avistam um curumim emergindo da cova, reconhecem-no. Saem de seus carros, sacam as armas e atiram.

O guri voava e as balas ficavam-lhe em órbita antes de atingirem os marginais. Feridos, os criminosos o interrogavam: _Como fez isso?

_Você não morreu?
_Você é um zumbi, gosth ou E.T.?

Alencar resolvera contar: _Não morri, nem sou alienígena, espírito ou zumbi, isso não existe. O tiro ativou todas as partes do meu cérebro, tornei-me telecinético.

Sem mais explicações os mal-feitores foram suspensos e levados à delegacia mais próxima, lá o guri relatou o ocorrido, no entanto, os policiais atiravam no guri, que, irritado, explodiu as armas de fogo, amputando uma das mãos em todos esses. Por fim, polícia e bandidos foram presos na mesma cela.

Em casa a mãe lhe interroga em desespero: _Aonde você andou, moleque? _Havia telefonado “para Deus e o mundo”.

O filho contara tudo detalhadamente, desde o crime avistado até a prisão realizada por ele, contudo, a mãe não crê. O pai o sacode.

_Fale a verdade, vamos!
_A verdade é esta. _Responde Alencar ao pai secamente.

Terminada a frase de resposta o filho levita a si próprio, aos pais, os objetos de casa e todas as casas do bairro.

CAP4: CALOR NO CORPO, FRIO N’ALMA

De repente o Céu estremece num estrondo, relâmpagos ofuscam todos os olhos enquanto o Sol se esconde atrás da tempestade. O chão é ferido, formando imensas crateras, pelos milhares de corpos decadentes das nuvens, parecem cavaleiros medievais, contudo, são apenas robôs controlados por satélite, invenção de Mateus, com o intuito de cumprir a missão de prender o mais novo temor militar, Alencar O para-normal.

Os androides levantam-se como se nada ocorresse, Alencar causa a explosão desses com um mero fechar de olhos, não que o poderoso homem seja ruim, uma vez que bastou descobrirem sua capacidade evolucional para o início da caça.

Visto como um possível sanguinário, o para-normal teve sua moradia incendiada e ainda guri fora aprisionado, amarrado com fios de adamantium, isso não o segurou por muito tempo.

No início, o telecinético desesperou-se, o que de nada adianta a quem está preso da cabeça aos pés, por fim, concentrou-se e derreteu o metal por inteiro, em seguida, fabrica um campo-de-força em volta de si mesmo e saiu em fuga estraçalhando paredes.

Lança-chamas foram usados pelos guardas, o poder do garoto estava fraco. Desde então Alencar teve duas certezas, a primeira, ele não era invencível; a segunda, em função da primeira, seria um eterno fugitivo. Aquele instante de reflexão o fez sentir um calor no corpo, as chamas, e um frio n’alma, o temor pelo que lhe aguardaria no futuro.

CAP5: SAFIRA

Batem à porta do laboratório.

_Quem é?
_Sua nova ajudante.
_Quando a chamaram?
_Hoje mesmo, para auxilia-lo na captura de Alencar.

Mateus a deixa entrar enfim.

_Como se chama mesmo?
_Paula, mas pode me chamar de Safira.
_Por causa dos belos olhos que ostentas?
_Negativo.
_Pois então...
_Estou trabalhando numa armadura, que é especialmente dessa pedra.
_Posso vê-la?
_Pois não. _Paula tira da mochila, que levara consigo _O que achou?

_Precisa de lançadores de raios, balas ou qualquer substância anti-campo-de-força.
_Não se preocupe, amanhã estará pronta.
_Também trabalho em uma roupa, quer avista-la?
_Absoluto.
_Está finalizada na verdade _andou rumo a uma passagem secreta de onde alguns minutos após saiu vestido como um ifrit.
_Magnífica! Qual matéria usou?
_Vários: Nas asas diamante, nos braços lavrita, nas pernas alabanda e no restante rubi-negro, além do elmo de diamante azul. Inda coloquei chips, armas, ganchos, teias, redes, molas, baterias de energia solar, ar-condicionado portátil...
_Denominar-se-á Iandú voador?
_Não...

Nesse instante uma das paredes do laboratório é destruída.

_Rápido, _Brada Mateus para Paula _para a entrada secreta!

A bela em vez despe-se, quando agacha em prol de por a vestimenta azul, um homem acorrentado é jogado sobre ela, consegue liberar-se e voa em fuga. O bando que o capturara não voa, entretanto é mui veloz. Uma parte segue o fugitivo, outra amarra os dois cientistas agentes do governo, ambos são levados como reféns, o laboratório é saqueado e destruído em seguida.

CAP6: CURINGA

Alencar é perseguido por um grupo intitulado As Hienas, quadrilha recente, com cerca de dois anos, esse é o primeiro ataque, porque decidiram equipar-se antes com armaduras de façanhas ultra-humanas. Não restara um só vivente na cidade daquele dia que não fora vítima da gangue e em pouco no país.

_Hora do teste _Pensava baixo Mateus, quase a tremer-se. Um de seus truques era os lança-chamas dos pés à cabeça, um segundo o Terachoque-Wi-Fi, e o terceiro seria amarras de adamantium. 

_Terachoque-Wi-Fi! _A garota vestia-se, quando liberta, permitindo-se abraçar, zarparam pelos ares. _Só há uma saída; nos aliaremos ao inimigo.

_Que seja!

Alencar dava os retoques otimizadores duma armadura esculpida com esmeralda, topázio, quartzo de rocha, pedra d’água e marfim, etc. A forma, embora tivesse asas de cristal, seria de um Bobo da Corte, Arlequim ou Pierrô, preteriu esses a Curinga.

O Curinga só pensava no que fazer perante o caso d’As Hienas, a conclusão nunca estivera tão longe de um mortal quanto naquele triz de filamentos; Ele, Elas e O Governo eram rivais entre si. Em crise, o Palhaço Triste presenteia o país nato com uma nebulosa de saraivas gigantescas, e apesar dos megranizos a Quadrilha Maldita agia vigorosamente sem um aranhão sequer.

Mateus bota órgãos de voo no dorso de sua companheira.

CAP7: O TRATO

_Alencar, é você mesmo? Talvez não me conheça...

Depois de algumas horas tudo fora explicado, que ele estivera trabalhando no governo, o laboratório destruído, a infância sonhando em ser cientista. O Curinga fora convencido de que se salvasse o país passaria de procurado para agente federal, contudo, deveriam agir logo.

_Está bem, colaboro. Sou muito poderoso na realidade, portanto, sua ajuda é dispensável, todavia, não moverei uma palha em reparação do País, a reconstrução é por conta de vocês.
_Feito. Quando conseguir, seremos parceiros de trabalho.

A tempestade finda-se, Curinga fecha os olhos, concentra-se, localiza cada integrante da gangue e congela um a um, ao término, balbucia, exausto: _Congelei todos. Agora os procurem e os prendam.

Mal terminara a frase, caiu impassível, desmaiou por esgotamento físico. Mateus achou melhor não removê-lo, Safira quis ficar.

_Permanecerei aqui de guarda.
_Está bem, de toda forma, minha armadura é veloz, não demorarei muito.

CAP8: ANJO CIBERNÉTICO

A quadrilha só descongelou só descongelou após duas semanas de prisão. Pessoas em todo o país odiavam e louvavam o Curinga, tanto pela nevasca quanto por prender As Hienas.

_Alencar!

Ao ouvir a pronúncia do seu nome Curinga acorda, ao avistar Paula pensa ter morrido e que se tratava de um Querubim.

_Um Serafim abre os portões do Firmamento para que eu permei do Paraíso Eterno, E São Pedro perdera o emprego para ti? Querubim, tens nome?
_Paula, mas pode chamar-me Safira. Quem sabe você receba alta amanhã mesmo.
_Mateus chega para visitar, já escolhera um cognome, Anjo Cibernético. Adentra o quarto deparando-se com Safira nos braços do outro, entre beijos, prefere retirar-se, no entanto, quando dá meia-volta, é invocado.
_Ei, venha cá!
_Que quer, Alencar?
_E o emprego? Não pense que esqueci.
_Desculpe a promessa quebrada, mas metade da população na pátria o odeia.
_Melhor que cem por cento. Quem sabe se não me candidato a presidente, então poderei demiti-lo.

Eles riem e marcam um combate de Curinga versus Anjo Cibernético para dali a uma semana.

_Mas, depende de Safira.
_Que tenho eu a ver com isso?
_Ora, preciso de muitos beijos seus para recuperar minhas forças.
                                                                          
Amadeu Nuvem

DIÁFANO (4º conto)

CAP1: O SONHO

Um cubo incolor se forma a meu redor, modela-se a meu corpo, como se fosse roupa, surgiu por unidade um exército de vidro. Quando ocorreu isso eu estava dormindo e flutuava na imensidão do nada, olhando todos os ângulos, vendo apenas a clara, porém, não reluzente incoloridade.

Ao acordar olhei-me no espelho vendo-o refletido em mim. Meus rosto, pés e mãos pareciam acrílico, por esse motivo denominei-me Diáfano e como tal em relação à sociedade deveria andar com sapatos, luvas, máscara, próteses, lentes, peruca e orelhas postiças, aquilo que me escondesse a identidade.

Quando saio, a rua está cheia de gente com chapéu, capuz ou guarda-chuva, e não chovia, pelo contrário, Sol escaldante nos tostava. Todos sentimo-nos escravos do temor à rejeição, ninguém é inabalável à solidão que nos arde.

CP2: O CUBISTA

No caminho do trabalho um malabarista com cubos espelhados chama a atenção de um público extenso, inclusive a mim. Os dados, que são jogados sobre nós, nos aprisionam em seu interior.

Um esquadrão de vidro aparece carregando-nos até um castelo distante. Os dados moldam-se a nossos corpos. Somos largados ao solo recebendo a ordem não seguida: _ Curvem-se ao seu soberano! 

_ Zangado, o malabarista hipnotiza-nos.

Resisto, dou uma voadora no líder quebrando-lhe ao meio, os outros seguem-me o exemplo, eliminam os comandados. Uma hoste acrílica, embora ilusionista, não pode dar a si mesmo o aparato da soberania; a beleza é do cristal, porém, a força do metal não nasce de um dia.

CAP3: LIVROS

Após a vitória percebemo-nos numa biblioteca, escolho dois livros negros no cume da estante, uma mulher segue-me, no topo, entrego-lhe um dos minúsculos dos quais disse, eram fabricados de materiais variados como, pérolas, ouros, âmbar, os negros de diamante negro, ao explodirem veste-nos da matéria-prima de cujo era fabricado.

A mulher denomina-se Cunha Lavrita.

CAP4: ADIAMANTADO

Todos os demais também foram vestidos pelos livros, quando adentra a sala outro esquadrão, surpresa dupla, não eram de vidro seus sentinelas, contudo, de diamante. E a cena se repete: _Curvai-vos diante de vosso mestre. _Fingimos rendição até estarmos vestidos com diamante. Em seguida ataco.

_Rendamos o chefão! _Brado como se fosse o derradeiro e único grito de toda a minha vida. Aplico uma rasteira veloz no líder, voo sobre ele, sufoco-o com ambas as mãos, proponho um duelo. _Se eu perco, eu e meus companheiros leitores seremos seus servos, do contrário, tornar-me-ei o líder do seu grupo, ocupando cargo acima do seu próprio.

_Feito! _Concordou roucamente._ Um terceiro exército invade a sala, desfaz o duelo, transforma a mim e a meu povo em assistente de palco, somos encubados pela quarta vez, eu pela quinta, lembrando do sonho é claro, trata-se de um grupo de mágicos.

_Essa roupa de mágico fica muito elegante em vocês! _Debocha o líder da magia, após ter-nos hipnotizados, terceira vez por sinal.

Mas, pensando bem, quem sabe o deboche fosse um elogio sincero, uma vez que o a beleza está sujeita ao estereótipo de quem acha algo belo, pois na verdade ela é uma ilusão, mais propriamente uma fórmula da perfeição, logo, parece-nos bem o que imaginamos ser perfeito, e como perfeição é ilusão de ótica, então, belo é aquilo que se encaixa em ou se adéqua a moldes pré-estabelecidos e, na falta desses, tendemos a estranhar as coisas, como uma espécie de crise em que não sabemos definir o novo como agradável ou reprovável. 

Beleza é justamente essa sensação de agradabilidade, daí podemos definir a morte como horrível, já que nos separa da sensação de paz, e a vida como bela, quando oferece alegria.

Tendemos a crer que nossos modos é que são os corretos perante os outros, logo, a semelhança a esses, para nós, é o que mais se aproxima da beleza, uma vez que nos lembra no inconsciente um espelho, somos todos narcisistas por natureza, mesmo que esse seja um deus de outra religião.

Sem reação, chorei, desesperadamente. E como as roupas que me cobriam eram espécies de armaduras, coladas ao corpo, esticam-se ao entupirem-se lacrimosamente. Afogava-me quando resolvi engolir o choro, o que me causou um agigantamento corpóreo.

Já proporcional ao tamanho em que estava metido, segurei as duas coligações antagonistas com uma das mãos e lancei-as no espaço-sideral, rumo a Cosmos bem longe do meu.

Os leitores subiram em minha mão, conduzi-os de volta a Asabarcelri, minha cidade natal de onde nunca deveria ter saído.

Amadeu Nuvem

ALEX, MR. IMAGINAÇÃO (5º conto)

CAP1: A INFÂNCIA

Nasceu e cresceu em Asabarcelri, seu nome é Rildo Alex Tal Paco, filho de Amadeu e Isaura, um cantor e uma advogada. O guri decorria a maior parte de seus dias a ouvir as histórias de seu avô materno, Antônio, o que desenvolveu bastante a sua linha de raciocínio.

Sonhou certa vez que as pessoas poderiam exclusivamente através da música expressar-se entre si, logo, compôs para si próprio paródias.

Analisando o que ouvia, lia e assistia pela T.V., sentia que a tecnologia era um fruto de desbravamentos, no entanto, necessitamos aventurar-nos fisicamente, além, o intelecto não é uma forma de vida e sim um simplificador da “verdadeira vida”, exata realiza-se sob via dos sentidos.

Alex sabia qual o sentido da vida, motivo pelo qual parecia estranho, aquilo que estivesse distante, por mais fascinante que fosse, distraia-lhe por pouco. Preferia prender-se ao que e a quem estivesse perto, porque a distância de algo que achamos precisar desperta-nos melancolia.

Utopiava-se pintor, para isso criou um conceito: O resultado final duma obra é o impacto de todo o Universo sobre a carcaça do artista.

O guri sequer gostou de brincadeiras violentas, em vez, fingia-se diretor de cinema, como tal, criava filmes e telejornais em que seus bonecos transformavam-se em apresentadores de última hora. Seus brinquedos prediletos eram bonecos pequenos, entre os quais soldadinhos, super-heróis e motoqueiros, mas também servia vidros de perfume, embalagens de iogurte, desodorantes, etc.

Fabricava os próprios personagens de caixa de papelão ou fósforos e até mesmo de carteira de cigarro, embora odeie ao maldito tabagismo. Possuía uma caixa com centenas de tampinhas de garrafas e daquelas cascas internas de bombons (Aquelas com horóscopo ou adesivos humorísticos).

Nas suas estórias havia lugar para todos os exércitos, de dominós, tampinhas, cartas de baralho, cascas de bombons, peças de xadrez e dama, bonecos confeccionados (fabricados artesanalmente por ele) e convencionais (Plástico), perfumes, canetas, canetinhas, lápis comum, de cor ou cera, borrachas, etc.

Jogava dama com bonecos, pela influência enxadrista, em que cada jogador dispunha de rei e rainha. Quando lia, em pouco estava transportado para cenários absurdos, participando da trama como se fosse real. Para cada música compunha um esboço de uma história de vida, os peões de jogo de dados (“Banco Imobiliário Júnior”) também se teletransportavam para grandes filmes de ação, utilizando as casinhas verdes e os apartamentos vermelhos do mesmo jogo. (as cédulas de um verdes, cinco vermelhas, dez amarelas, cinquenta amarelo-queimadas, cem azuis e quinhentos dólares brancas, achava-as interessantes pela variedade de cores, nada compreendia, porém de economia).

Tomava banho de chuva, patinava descalço no dia de lavar a casa, jogava bola, retornando a casa sempre com calos ressentes, chorava ao levar injeção, no trinta e um dificilmente contava, no entanto, no boto ou em polícia e ladrão era um dos primeiros a ser pego, correr nunca fora seu forte.

Soltar peão, raia, balão (mesmo de jornal) e jogar bila, nunca fizera, a derradeira tinha uma semântica especial, a ótica. Sempre estimou brincar com efeitos luminosos.

CAP2: ADOLESCÊNCIA

Em entrevista:
_Porque escolheu Mr. Imaginação para seu cognome?
_Dois motivos, essa palavra é a sinopse da minha infância, depois, o artista é composto de matéria-prima dupla, imaginação e sentimentos, e por ser mais emotivo o artista tem um pouco mais de criatividade que a maioria das pessoas, isso em como demonstrar suas opiniões e transcrever o próprio âmago como fator de consciência social, que fique claro, não sou gênio, e sim um divagador que de vagar sonha dor contemplativa n’ócio original em termos.
_Qual a fórmula de sua criatividade?
_Além do esforço? (risadas) As amizades que faço me inspiram muito.
_Corrija-me se necessário. O artista procura proporcionar felicidade ao público, correto?
_Dependerá do artista, da época e de inúmeros fatores outros que interferem no desenvolvimento da obra, o homem no palco sofre influência do cotidiano. Logo, está certo em parte, pois queremos chocar, criar confusão, emocionar, criticar, induzir, e não somente divertir, mas informar, deformar ou transformar, são vertentes a se escolher.
_Como define sua composição? É um meio de vida?
_Compor é ao contrário, meu estado vegetativo. Sei que quando viver colocarei a escrita para a lateral, pois ela revela sonhos impossíveis, contudo, vida é realizar sonhos, eles só provam se existo ou não, e para isso é preciso manter-se acordado a qualquer custo.

CAP3: FASE ADULTA

Alex para de escrever, deixa de ser cantor, torna-se cientista, um dia ensina seu filhos (Dr.Douglas, Mani, Elias e Luís) a serem artistas, embora apenas Elias tenha aprendido a ser poeta, duvido se um artista é assim porque realiza proezas difíceis aos demais ou se dessa forma já o nasce por ser ultra-sensível à realidade. O fato é que Elias fez com que seu pai voltasse a escrever para juntos fabricarem um novo estilo.

Alex, no laboratório, leva um choque ao acender a luz, derruba alguns tubos de ensaio sem intenção, as substâncias misturadas explodem, o laboratório é destruído, entretanto, o cientista fica ileso.

Os filhos, Mani; o mais velho, repórter, Elias, o segundo; escritor, Dr.Douglas, o número de sua ordem; cientista e Luís, o caçula; jogador de basquete, levantam a hipótese de o pai ter adquirido uma espécie de superpoder.

CAP4: NÃO QUERO SER HERÓI

_Sei que aconteceu algo extraordinário, mas não me venham com essa de heroísmo!
_Porque, pai, ser herói é o grande sonho da humanidade, o seu não? _Indaga Luís.
_Claro, se heroísmo não fosse um fator de controle do povo, quem sabe.
_E o senhor não prefere egoísmo e auto-realização à imagem de um homem convencionormal? _Questiona Mani.
_Absolutamente!
_Como descobriremos o potencial verídico de seu corpo, pai? _Dr.Douglas e Elias levantam o teorema de que necessitavam de um laboratório.
_Creio que cabe a mim descobrir meu próprio limite! _Alex sai para reconstruir seu local de trabalho, telefona para uma firma. Os filhos o seguiram.

CAP5: O CABELO DE ALEX

Mani arranca o cabelo de seu progenitor, que parece uma espécie de resina, por sorte o piá usava luvas de couro.

_Passa o “cabelo” aí, ô mané! _Diz um assaltante.

Alex, perplexo, passa a mão na nuca, sentindo uma enorme eletricidade, arranca o “cabelo-resina” e entrega. O homem, desavisado, ao tocar no cabelo, voa à cerca um quilômetro, um segundo, preocupado, põe luvas de plástico reforçado. Os marginais adentram um carro “imaturo”, como Elias descreve mais tarde à polícia, e partem.

Em casa, Mani revela que arrancara da cabeça do progenitor a resina de cor amarronzada. Confirmam, pelo método de Arquimedes, que a resina arbórea tratava-se de uma espécie de “pedra” preciosa, mais precisamente âmbar.

Método da densidade: o âmbar flutua em água com 10% de sal, lançado numa vasilha cheia, a água que joga para fora pesa o mesmo seu mesmo tanto. Pelo peso atômico também se descobre a pureza (pode ser ou estar misturado com vidro, obra de muitos falsificadores).

O âmbar foi usado como incenso, quase sempre contêm uma cor amarelada, é transparente, o mais raro é o azul, pode variar do marrom claro ao amarelo escuro, vermelho, por exemplo. Segundo um cientista, na série “Maravilhas do Mundo” (Exibido pela T.V. Escola), dele poder-se-ia obter espécimes já extintos (como dinossauros, porém, o D.N.A. dos espécimes encontram-se muito fragmentado, tornando-se quase impossível a façanha de trazer de volta a vida seres pré-históricos), trata-se do melhor conservante já descoberto.

Alex recapitula os fatos da explosão, acendeu a luz, levou um enorme choque, bateu em alguns tubos de ensaio, talvez os tivesse derramado. Havia âmbares no recinto, que foram atraídos para ele (assim como quando friccionado atrai pequenos objetos), uniu-se ao cabelo porque há nele eletricidade (do grego, eléctron, o primeiro nome dado ao âmbar).

A razão pela qual o capilar de Alex transformou-se, quem sabe, e se o dono também entraria em estado de meta, sabe-se lá. O Eléctron brinca de mover moedas ao longe, quando se assusta com a súbita ideia que lhe transita a mente, dilacerando seus conceitos.

CAP6: A FÓRMULA

A partir das técnicas de embalsamamento, priorizando o formol, congelamento, uso de catalisadores fisquimbiológicos, diamante, cabelo e temperos culinários, dentre outros, ouro, adamantium e pólvora; um fósforo aceso e...

Comercializou a Vitamina-Mestra, fórmula da imortalidade. Em pouco, o planeta fica pequeno para tanta gente, acabam, os homens, por governar todo o Universo, que, de superlotado, explode.

Os ex-imortais viram, junto com tudo o demais, uma poeira-cósmica só, que se condensa, criando vida, uma criança abandonada, sem nada em volta, tudo graças a Alex que serviu ao “Capitalismo-Selvagem” sem pensar nas consequências, nem pudera, pois o prejuízo adveio quase um século depois.

Amadeu Nuvem

CLARICE (6ºconto)

CAP1: UTILIDADE

As células, quando substituídas, possuem um mecanismo de autodestruição. Sem uso, as coisas mofam, se enchem de poeira. Sobrecarregado, tudo pifa. Pessoas em desespero recorrem às armas, cordas, lugares elevados, etc., e todas possuem algo em comum: O pensamento de inutilidade ou incapacidade seja lá em que for.

Assim é Clarice: uma mulher brilhante, com ótimas amizades, de boa família, com imagem respeitável, aparência excelente, perfeita postura e carisma incontinenti.

Fora do trabalho não há promoções, mas paixões errôneas, um alcoólatra como namorado, outro, machista por noivo, e um terceiro, de marido, raparigueiro incontestável.

O último com quem se envolveu era controlador em excesso, isso a fez pensar que todos os homens encaixavam-se obrigatoriamente num dos quatro itens acima. Agora Clarice não tira a ideia suicida da cabeça.

CAP2: O SALTO

Clarice decide seu destino, sobe uma montanha e se atira, no exato instante em que um grupo de paraquedistas treinava, um dos saltadores, Renato, vai de encontro à moça e a agarra, um segundo, Robsom, consegue abrir o paraquedas do irmão e em seguida o próprio.

No solo, algum tempo depois, Renato indaga, furioso: _Que deu em você; está maluca?

A mulher, em choque, não responde, apenas chora. Renato a abraça.

_Desculpe, eu não queria bradar assim...

_Convide-a para a festa, meu irmão.

_Não, eu não vou. Lamento desmanchar a diversão de vocês, mas vou embora.

_Espere, _Insiste Robsom _Deixe-nos ao menos deixa-la em casa.

_Está bem._E na casa conversaram por horas.

_Que é isso moça? Não desperdice a beleza e juventude assim, um dia encontrará quem a faça feliz, enquanto isso, vamos ao espetáculo.

_Esse tal cantor, de quem vocês tanto falam é bom mesmo?

_Sim, o Amadeu, nosso amigo há tempos, é cantor excepcional, e além do mais, não temos o que fazer hoje à noite.

_Está bem.

Trocaram telefone, iriam pegá-la às 10h.

CAP3: AFESTA

Clarice não se decidira, mesmo assim se arruma. Quando seus amigos chegam, ofereceu-lhes um café, esses beberam e desmaiaram, ela colocara tranquilizante. Isso se dava ao fato deles chegarem mais cedo.

Não foi intencional, acontece que a mulher queria dormir, fez café, na dúvida se iria mesmo à festa, colocou muito sonífero, mas ofereceu por distração, ainda abalada com tudo que aconteceu naquele dia.

Batem à porta: _Olá, a senhora é Clarice, presumo. Sou Amadeu, uns colegas meus... Aqueles que por sinal dormem ali, Renato e Robsom, deixe que os acordo. _E, de um modo que ela não entendera, ele acorda realmente aos amigos.

_Ah! Tive a impressão de levar um tremendo choque! _Disseram os irmãos simultaneamente ao serem acordados de supetão.
_Sim, dei-lhes um choque, essa lá é hora de está dormindo!
_Desculpem-me, é que o café está com sonífero, que eu iria tomar, sabe?
_Vejo que você perderá o melhor da festa, quando meu amigo, Ademar, canta, quem sabe não daria tempo dançarmos antes de eu subir ao palco...
_Então, como estou distraída, você é o cantor...
_Na verdade um dos...Quem abre o show sou eu, _Chega Ademar _ desculpe, mas a porta estava aberta, aqui estão: quatro ingresso-cortesia. Muito prazer, a senhorita é?
_Clarice.
_Olhem, irei na frente, pois já vai começar. _E saiu apressado.

Na festa, um tal de Meteoro busca encrenca, justo com quem, Dário, um ator de filmes de ação que não perde uma luta desde os onze anos de idade, contudo, mesmo tendo caído dezenas de vezes, de socos e pontapés, o encrenqueiro tinha “uma carta na manga”, era telecinético.

Soares, ao ver o amigo voar longe, liga para a polícia, leva o amigo para o hospital, contudo, volta para acerta as contas e é desmaiado apenas pelo pensamento de Meteoro.

_Isso deveria fazer parte da coreografia de apresentação? _Pergunta Clarice, alheia a tudo.
_Deixe que eu resolvo isso. _Diz Amadeu, confiante, vai até Meteoro, que tenta lançá-lo para longe, mas leva um tremendo choque. Safira aparece. _Leve-o, sabe para onde. _ordena Amadeu_ Safira segura o telecinético pelo pescoço e sai arrastando-o.

A festa acaba antes mesmo do começo, Ademar quer ir embora, visto que o clube está todo quebrado.

_Deixe que dou um jeito nisso. _Com seus poderes elétricos, Amadeu reconstruiu o lugar, fez com que todos aqueles que abandonaram o local voltassem, com uma ajudinha do Curinga, e distribuiu uma fórmula grátis, capaz de recuperar todos os estragos físicos, a famosa Vitamina-Mestra.

Dário voltava recuperado, Ademar cantava novamente, Amadeu dançava com Clarice, mas Edgar chega no finzinho e conquista o coração da moça com apenas um olhar, vai entender!

E eu, Elias, avisto meu avô, Amadeu, saindo enfurecido, outra mulher que o rejeitara. É, no entanto, os outros; Dário, Soares, Ademar, Renato e Robsom, também ficaram “chupando o dedo”; confesso, também fiquei.

Amadeu Nuvem

O AMULETO DE DÁRIO (7º conto)

CAP1: O VERDADEIRO AMIGO DO HERÓI

Eremita, a imagem e semelhança de Dário, um garoto meio incomum. Até o dia em que reagiu a um grupo de moleques mais velhos, sobrepujando-os de mãos limpas; o apelido abandonara aquele que doravante metáva-se para o sujeito em primeiro lugar no ranking de popularidade escolar.

Nas festas, o guri era sempre obrigado a fazer seu espetáculo à parte, não pela insistência daqueles que o conheciam, mas sim, por quem achava esse piá franzino um alvo frágil.

Em duas semanas o guri transmutou-se de um tímido introvertido, de quem tiravam sarro sem cessar, para o folclore local. Multidões advinham ver o sujeito briguento, resolveram pô-lo num filme, de título “As aventuras de Dário”.

Um dia, porém, o herói voltou a entristecer, ensimesmando-se novamente. Não sabia mais se defender, embora que ninguém o pusesse à prova, todavia, sempre aparece alguém, e quando Dário via-se “em maus lençóis”, sozinho contra uns dez, aparece, “do nada”, alguém disposto a protege-lo.

Depois de algumas rasteiras bem aplicadas, chapas potentes e bênçãos certeiras, os covardes corriam como capotes prestes a visitarem a panela.

_Quem você é mesmo, cara?
_Soares.
_Agradecido, sou Dário.
_O do filme? Como posso crer depois duma cena dessas, em que se eu não o defendesse estaria todo arrebentado à essa altura?

CAP2: FAMA EM DOSE DUPLA

_Eu tinha um amuleto, que dava toda a força de que eu precisava, no entanto, quebrei-o, voltando a ser o mesmo frangote de antes.

_Dê-me-o aqui. _O ex-ator entrega os fragmentos do dito amuleto que Soares lança a um rio, de modo que não possa ser reencontrado totalmente.

_Quando fizera isso, pensou em como voltarei a ser o invencível?

_Acalme-se! Invencibilidade é um ideal medíocre, entretanto, se existisse, um amuleto não o protege da covardia contida em você; agora, umas aulas de artes-marciais não lhe fariam mal.

_É verdade, você é melhor que um amuleto, um amigo sincero._A história de um novo Dário na cidade, Soares, atraiu visitantes, inda mais que outr’ora. Faziam mais tarde a dupla imbatível das telas cinematográficas, “Amuleto e Eremita”.

Amadeu Nuvem

ÉCTOR (8º conto)

CAP1: A ÁRVORE

Só através da arte o homem existe, por ela se perde
E apenas ela é capaz de guiar-lhe o caminho da salvação

Para que me aceitem como um deles
Deve ser como tais
Esquecendo-me do que sou

A obra-prima é a mais penosa de todas

Verdade, por que vens, a mim, com tamanha crueldade?

Heráctor, descansando sob uma árvore, lembra que nunca subira nela quando criança, e em nenhuma outra, resolve ir até o cúmulo, mas cai desmaiado, um amigo seu Cícero, o qual pensou que estivesse morto, corre ao desmaiado em desespero, imagina-se num futuro em que faria uma estátua parecida com o outro, chamava-a Éctor.

Enquanto Heráctor pensava: _Os sonhos demoram uma vida toda, mas alguns nos matam.

Angeline, mulher de Heráctor, fora avisada pelo amigo de ambos, Cícero, do ocorrido, fazia-lhe respiração.

CAP2: ESCULTOR

Cícero, famoso pela perfeita estátua, realiza uma exposição de suas obras. No ateliê, enquanto dava entrevista para canais de televisão, a obra de artesanato é roubada.

_Roubaram minha estátua! _O artesão desesperava-se pelo desaparecimento de sua mais importante obra, tão famosa que a polícia federal investiga o caso e presidente dá seus pêsames pessoais por telefone.

A estátua aparece, depois, com vida própria.

_Ei! Você é Éctor, não Pinóchio!
_Sim, mas não é fenomenal ter sua obra-prima viva?
_É, mas como eu explico isso aos meus fãs?
_Acorda, Cícero, você está tendo um pesadelo! _Endoidou, Boneco...

Heráctor o sacudia, realmente ele estaria a dormir.
_Você sonhou com o quê, meu amigo?
_Com você morto após cair de uma árvore.
_Que estória é essa, tá doido? Eu nunca subi numa árvore!

CAP3: E SE FOSSE PROFECIA?

Heráctor, descansando sob uma árvore, lembra que nunca subira nela quando criança, e em nenhuma outra, resolve ir até o cúmulo, mas cai desmaiado... O restante, vocês já sabem...

_Ei! Você é Éctor, não Pinóchio!
_Sim, mas não é fenomenal ter sua obra-prima viva?
_É, mas como eu explico isso aos meus fãs?
_Acorda, Cícero, você está tendo um pesadelo!
_Endoidou, Boneco..._Angeline o sacudia, realmente ele estaria a dormir.
_Você sonhou com o quê, meu amigo?
_Com Heráctor caindo de uma árvore.
_Você é Heráctor.
_Não, eu sou... Heráctor. _Reconhece frente ao espelho.
_Quem pensava ser?
_Cícero.

Nesse momento alguém bate à porta, era Cícero, que também dizia ser Heráctor.

_Não pode ser! _Diz Angeline em fúria._Estão querendo me enlouquecer! _ E sai.
_Agora, me diga, Heráctor, o que fizera hoje?
_Na verdade, nada, mas bateu-me uma vontade de subir numa árvore...
_Desista!_Fala Cícero_Com o meu corpo não!

CAP4: UMA VISITA INESPERADA

Batem à porta.

_Mas, você é igualzinho a meu marido! Como é seu nome?
_Éctor, senhora Angeline, fui feito por Cícero, por alguma razão, criei vida; sou a memória de um amigo dele, Heráctor, que falecera quando subia numa árvore.

Angeline o leva ao quarto, onde se encontravam os dois amigos.

_Éctor, _Diz Heráctor _ pensei que tudo não passasse de um sonho.
_Justamente por isso vim aqui, para acordá-lo.

Amadeu Nuvem

ANJO AZUL (9º conto)

CAP1: MÁSCARAS

Paulo pôs-se a pensar sobre seus dons, não tinha nenhum, dormiu. No sonho ele era um escravo que desejara a liberdade, por toda a vida, e quando a teve enlouqueceu, mas alguém roubou-lhe a máscara da loucura. Sua sanidade voltara.

Em sua vida sana surrupiava as máscaras alheias, construindo armações, gládios, broqueis e elmos. Contudo, um homem surgia dizendo: _Nada existe até que se construa._Então, o ex-servo acorda, constrói uma armadura angélica azul, voando para fora do planeta.

Ao ultrapassar a camada de ozônio, vê-se em chamas, o fogo se apaga, mas, é atingido por um meteoro gélido, retornando para cair em mar profundo.

CAP2: MARESIA

No mar, tubarões tentam devorá-lo, todavia, Paulo consegue, sem saber como, congelá-los, quem sabe, o meteoro tenha lhe dado esse poder. Mata os peixes, devora-os, veste-se do arcabouço. Pescadores confundem-no com peixe, jogam-lhe arpões.

Furioso, o Anjo Azul sai da água, lança chamas nos predadores de baleias, um dos grupos de Gralha, um grande traficante de animais em extinção que financia a pesca predatória, vendendo-a no exterior.

Gralha, o chefão aparece, liberando seu poder contra Paulo: _Arpões Venon!

Anjo Azul defende-se: _Muralha Glacial! _Quando os arpões de Gralha tocam a Muralha Glacial, o chefão é congelado.
Pouco depois, surgem Fênix e Corvo Branco, aliados de Gralha, fazem o mesmo negócio. Usam golpes combinados, simultaneamente: _Ponto de Ebulição! _Chamas do Inferno!_Esses dois golpes unidos formam: _Mar-Vulcânico!

A Muralha Glacial resistiu aos dois primeiros golpes separados, entretanto, quando unidos, formando um terceiro, a Muralha decai. Logo, Anjo Azul recorre a um golpe que tanto deixará seus adversários sem fôlego, quanto os mandará “para os confins do mundo”, no entanto, ele desmaiará no Oceano, ficará submerso por muito tempo, e não sabe se sobreviverá.

_Maresia-Norato! _O mar avançou de encontro ao Mar-Vulcânico, seus emissores e aliados, sob o formato de serpentina, uma verdadeira cobra-d’água que engoliu os malfeitores, afogando boa parte do grupo, deixando o restante em coma profundo.

Amadeu Nuvem

 AMADEU (10º conto)

CAP1: TRIPLO RETORNO

Da praça onde estava, Amadeu avistava a queda incrível de um gigante, Diáfano.

_Dessa vez o mundo será meu brinquedo! _Dizia Sírio, que além de não ter morrido, salvara os exércitos de Diamante e dos Mágicos.

Amadeu parte para cima do grupo maldito, avista o Clube dos Poderosos no chão, entre os quais, Cunhã-Lavrita, Dário, SoaresCícero, Éctor, Heráctor, Anjo Azul, Augusto, Renato, Robsom, Raimundo, Sebastião, Alex e Marco Antônio.

Clarice corre em direção a Amadeu, bradando: _Fujamos! _Clarice é pega, no entanto, Amadeu nada pode fazer.

CAP2: NUVEM

Amadeu despista os adversários na floresta, encontra uma casa, cujos moradores entregam-no um cordão verde, dizendo ser a veia poética, ele põe no pescoço; um cubo transparente, de cor idêntica a do cordão, se forma a seu redor causando o encolhimento de seu corpo, Amadeu é trancafiado numa maleta, que fica invisível, causando-lhe a volta ao tamanho natural, transformando-se em uma armadura vermelha que muda de cor várias vezes e em seguida, torna-o invisível.

Os acolhedores, Negro-Capoeira, Poeta, Arte e Víride, a caçula, que se apaixona pelo visitante, prometem aderir à causa. Mas, enquanto visita e hóspede beijam-se, a casa é destruída por Sírio, que segura o agente do Clube dos Poderosos pelo pescoço, lançando-o ás nuvens.

O azar do chefão é que, ao chegar ao Firmamento, o homem leva um choque, massas de ar que se formavam naquele triz transmutam-se para armadura de imensa força, Amadeu nomina-se Nuvem, pois ganha capacidades tempestuosas.

_Ninguém escapa da fúria de Nuvem! _Amadeu desce do Céu, dá uma leve descarga nos amigos para despertá-los, após, congela a gangue antagonista por completo e chuta-lhes a cabeça. _Retornem, que os mato outra vez, malditos! _Brada Nuvem, vitorioso.

Nuvem reconstrói a casa, anuncia a todos o noivado com Víride. Um mês depois é o casamento, Amadeu encontra-se em lua-de-mel.

Amadeu Nuvem

A CRIANÇA (11º conto)

CAP1: A FÓRMULA DA SOLIDÃO

Graças a Vitamina-Mestra, criação de Alex, séculos anteriores a este, o Universo explode, sobrecarregado de seres, que vivos, devoraram até mesmo os buracos-negros, a luz desapareceu, serviu de alimento, tudo o que já se foi transforma-se numa criança, além Dessa nada existe.

A criança percebe que está sendo manipulada por alguém (mas como, se nada existe, exceto ela mesma?), sente que não é real (está sendo inventada naquele instante, sabe disso), tem consciência de que não passa de um emaranhado de letras e idéias, no entanto, aproveita o poder a ela concedido, ter noção de si mesma, para fazer com que as letras recém escritas saltem da página inacabada.

As letras juntam-se, e eis o bebê, curioso e feliz por finalmente existir. Sobre a mesa do escritor faz maior bagunça, quebra a xícara, racha a garrafa de café, rasga os livros, enquanto o escritor pensa: _Mas que peste me saiu este miúdo! Pena não poder apagá-lo, seria bom criar uma família para ele ou... _O guri apossa-se da caneta, no breve momento de distração do seu idealizador, e põe-se a escrever, com ajuda de seu poder extraordinário, concentra-se, transformando seu criador em códigos e o abandona em alguma dentre as folhas de onde ele próprio havia saído.

CAP2: ESPELHO

O infante levita pela casa deparando-se com um espelho, sorri para o curumim do outro lado, no entanto, irrita-se ao ver-se copiado em todos os gestos, destrói a charneira, entretanto, volta atrás a reconstruindo para atravessá-la, tendo a oportunidade de enxergar o mundo pela forma semi-oposta de uma lente convergente.

O moleque retorna do cristal de prata, sem perceber que o acrílico nunca se distancia daquele que o atravessa.

O bebê sabe que alguém escuta a história sem dela fazer parte, isso O intriga, no momento em que ele pode tornar-se real, ainda não O é sem leitor, um ser só cria vida ao passar pela mente de muita gente.

CAP3: O OFÍCIO

O guri consegue chegar ao mundo real, o leitor se assusta ao vê-lo sair repetindo com esse o mesmo ato ao autor-escritor. O guri não sabe que é sucesso nacional em uma pátria distante da sua, para onde ele teria sido traficado antes de existir.

O pequeno cresce rápido, decide seguir a profissão da primeira pessoa com quem teve contato, e depois de ler “A Criança”, história de três capítulos onde ele é o protagonista, realiza o ideal de uma vida, volta à pátria natal para ser famoso, muda de nome, agora só responde por Escritor.

A vida está repleta de letras, cabe a nós por-lhes chamas d’arte.

Amadeu Nuvem

O DESEJO DE ANDERSOM (12º conto)

CAP1: O CINEASTA

Andersom decide ser Cineasta depois de ler algumas poesias e contos de Aroldo Filho, fazendo um filme intitulado Nativos. Começa com Amadeu (irmão de Ademar, José, César, Veloso, Ronaldo, Edimilsom, Nélio, Hálidez e Jonas) e Isaura separando-se, ele casa com Víride e ela com Édgar.

Depois é a vez de Gonsala e Potaci, pais de Antônio (pai de Isaura, que é mãe de Alex)Anjo de Neve e Cognata: pais de Carol, Suzie, Isabele, Dara e Laura. Luís e Angeline se beijam.

Aparece a história dos principais personagens, logo após é a luta do Clube dos Poderosos versus os Demônios Fágner, Hádige, André e Deniepanc, e contra Sírio, com o exército oficial e com a quadrilha de Diamante e Mágicos.

Nuvem e Víride reúnem todos os heróis em sua festa de casamento.

Criança torna-se Escritor e tudo escurece, voltando a claridade rapidamente.

Andersom surge na tela com um livro em mãos, abre-o para o público, a seguinte frase consta: _A Arte é o espelho da vida real transportada para o imaginário através de um trabalho árduo com uma missão subentendida; comover, manipular, informar, ou confundir. O que perde o sentido sem o sentimento.

CAP2: CO-AUTORIA:

Um dia escuto um pedido estranho: _Dê-me um autógrafo?

_Mas, não sou famoso.
_É como se fosse para mim. Fiz um filme baseado em sua escrita, de nome Nativos.
_Não o conheço, seu nome como é?
_Andersom.
_E por que o filme não está em cartaz?
_Estará, no mês seguinte, olhe! _Mostrou-me um jornal. _Estou trabalhando num conto, com seus personagens, gostaria que o terminássemos juntos.
_Claro, _Leio o jornal, era verdade, o filme estava em alta no exterior e chegaria breve em meu estado. _Dê-me seu telefone._ Encontramo-nos num bar uma semana depois, eu levara os originais dele e complementara, fizemos os ajustes finais.

Eis o conto:
O FILHO DE DIÁFANO: 
CAP1: HONRA VERSUS PAIXÃO

Durante muitos anos depois de Amadeu virar Nuvem, esse assume o posto supremo do Clube dos Poderosos, porém, agora surge outro capaz de governar melhor, com carisma e determinação quase que inesgotáveis, Carbono, filho de Diáfano e Cunhã-Lavrita. Diáfano é o vice-líder do filho.

Carbono, de nome real Andersom, apaixona-se por Lúcia, e marcam noivado no casamento triplo de Dara com Hálidez, Handir com Laura e Gonsala com Potaci. No entanto, Lúcia era filha de Sírio, assumia-lhe o posto quando este morrera na batalha contra o Clube dos Poderosos.

A chefe da quadrilha, que agora se chama, assim como ela, Estrela D’alva.

CAP2: O ACORDO

Andersom abraçava a moça.

_Somos inimigos, pela honra e amantes pela paixão. Você é filha de Sírio...
_Como sabe? E o que isso tem a ver com você?
_Sou o líder do Clube dos Poderosos.

A garota dá um pulo de pasmada.

_Sou a líder do Estrela D’alva.
_Já sei, e por causa disso convocaremos uma reunião com ambos os grupos.
_Está louco?
_Faça o que digo, confie em mim.

E no dia seguinte, os dói grupos inimigos só não entravam em conflito por que seus líderes vigiavam. Andersom pede a palavra, D’alva apascenta seus subordinados.

_Com essa aliança, _Andersom mostra o elo simbólico bem alto. _Unimos nossos corpos, eu e Lúcia, e nossos grupos, um novo clã que chamar-se-á Aliança Rútila, o mais recente grupo em prol do bem-estar de Asabarcelri.

Desde então, Carbono e D’alva governaram e combateram o crime na cidade.

Co-autoria: Andersom e Aroldo Filho

Andersom fala: _Ficou perfeito!

_Perfeito pra quê?
_Ora! Será outro sucesso de bilheteria.
_Mas eu escolho o nome.
_Diga lá.
_Nativos II, aliança com rutina de lágrimas.
_Pois assim o será.
_Esqueci de um toque final.
_Qual é?
_Carbono levanta a taça, cheia com a Fórmula-Mestrapronunciando o seguinte: _Travaremos uma trégua infinda. _ Daí aparece a seguinte frase: Quando os grandes decidem acontece.

Amadeu Nuvem

ANJO NEGRO (13º conto)

Diáfano é atraído por um computador ligado, senta-se em frente a tela, começa a jogar, a imagem de um buraco-negro aparece aos poucos, o homem é sugado para o interno da máquina e logo após jogado para fora. Seus olhos tomam uma forma de espiral, mas volta ao normal.

No dia seguinte, todos os componentes da Aliança Rútila estão acomodados em suas poltronas aguardando respostas para a convocação dessa reunião de última hora, enquanto o solicitador prepara o discurso testando o microfone.

O palestrante inicia com um truque, retira da cartola um baralho, pondo-o na mão e apertando-o de forma que caia uma carta sobre cada espectador. Ao estralar de dedos as cartas transformam-se em livros, então Diáfano, o palestrante, dá a ordem: _Vamos, amigos, leiam!

Augusto abre o seu com cuidado, no entanto, fecha-o no mesmo triz, percebendo que seria absorvido, contudo, o restante não faz o mesmo ocorrendo o mesmo que com o vice-líder no dia anterior.
O filho de Dr.Douglas amassa o que lhe foi dado, carregando-o com eletricidade, chama Diáfano: _Genédia, pega de volta minha dádiva! _em seguida arremessa, o outro segura; o meio de leitura destrutiva explodira nas mãos do ilusionista.

O arremessador, antes de sair em disparada, debocha: _Isso é o que acontece para quem não seleciona o que lê. E a sessão, está ou não encerrada?

O guri foge por um milésimo, à sua frente um imenso buraco-negro o engole, porém, o curumim cria buracos-negros dentro do já existente desintegrando o campo-gravitacional do oponente, mesmo assim seus poderes são roubados, ao menos o piá recupera sua forma humana e não é hipnotizado.

_Apareça, covarde! Sei qu’inda habita esta sala. O que espera? Vamos logo com isso!

Nada adianta os apelos do infante, que se vê no momento a enfrentar seus aliados de outr’ora, os quais, hipnotizados, insistem em ataca-lo.

O pequeno apela outra vez, mas desta já nocauteou os colegas: _Não vai surgir? Então por que ocupa meu tempo, seu fracote?

_Fracote, eu? Qual motivo o leva a pensar tal coisa a meu respei... _O homem é atacado com uma chapa rodada, apenas em ouvir o guri soube golpear precisamente.
_Gostou?
_Você me surpreendeu, mas o Homem Elétrico não é páreo para Negüidâd!

Depois de leva-lo ao chão pela segunda vez, com um tesoura, o protagonista indaga ironicamente: _Tem certeza... Olha que é feio ficar se vangloriando, hem! Pensa que será fácil?

Parece que Negüidâd aprende a lição, não mais responde, concentra-se em apenas atacar. Um aliado desse chega apresentando-se como Astro, e um outro como Flod’ambrópio.

Enquanto seu aliado descansava da batalha com a criança, Astro reproduzia esta e toda a sua tropa caída pondo-a contra ela, que inda comentava: _É, percebo o motivo de seu nome, a minha fronte encontro um Augustastro, Diafanastro, enfim; toda um Aliançastra Rutilastra. Mande-me seus pseudo-lutadores que os detenho.

Flod’ambrópio com seu poder embriagante entorpece o guri, Negüidâd constrói outro buraco-negro e os lutadores de Astro o empurram para dentro. Mesmo sem poder, Augusto consegue desfazer o encanto, soca o solo arrancando-lhe a própria sombra e dela fazendo vestimenta.

_Outr’ora Homem Elétrico, doravante me conhecerão por Anjo Negro. Agora vocês verão o que o que é se meter com um homem que já foi águia, coruja, morcego, gato, abelha, aranha-caranguejeira, formiga, ao tempo em que portava imensos poderes elétricos. Não pensai que estarei a vossa mercê daqui a pouco.

Anjo Negro amarra os três com teias que atira do pulso, e assim também o faz às criações de Astro. Os buracos-negros de Negüidâd não mais o atingem, a entorpecência de Flod’ambrópio apenas o faz fortalecer os venenos que produz.

Os antagonistas quebram as teias simultaneamente, no mesmo instante em que o gonista arma sua cartada final; produz três ferrões no braço destro concentrando os venenos de abelha, aranha e ácido de formiga rural, com a visão de coruja e águia, mais a velocidade da última adicionada à agilidade de felino e ao senso de localização de morcego, lança os ferrões com miras exatas.

Ao serem atingidos, seus inimigos explodem. Anjo Negro cria mais ferrões, em ambos os braços, lançando-os com tiros de metralha, até ver todas as cópias paraguaias em cinzas.

Amadeu Nuvem

SEMENTE (14º Conto)

Augusto marca reunião com a Aliança Rútila, fazendo alguns pedidos estranhos: Gorro do Saci, A raiz (mandioca) e as canetas de ManiA Vitamina-Mestra, fórmula de Alex, O pó de pirlim-pim-pim de Emília (personagem de Monteiro Lobato), Frutos, folhas, galhos, raízes e sementes (essa parte era função era de Curupira e Víride, ambas conhecedoras da natureza), Amônia e Rutina.

Augusto coloca todas as suas exigências em uma grande vasilha, após a mistura transforma-se numa pequena semente.

_Paulo, Diáfano, Dário, Éctor e Nuvem, venham cá! _Impera o garoto.
_O que deseja? _Indaga Diáfano.
_Cada um de vocês trate de escolher uma equipe, vou realizar um torneio entre nós.O vencedor receberá esta semente, tornando-se nosso novo líder.
_Você competirá? _Indaga Éctor.
_Serei o juiz.
_Mas, o que essa semente que você criou tem de tão importante? _Pergunta Nuvem.

O guri lança a obra-prima para seu bisavô, que não consegue levantá-la. Os demais soltam gargalhadas, contudo, ninguém pode erguer; todos ficam desanimados. Desapontados com a própria fraqueza, tentam quebrar a causa de seu abalo, uma vez que tentaram em vão resolvem começar o torneio.

Èctor vence Diáfano na final, todavia inda teme não erguer o troféu.

_Não tema! _Diz o árbitro mirim.
_Isso pesa demais.
_Vamos lá, deixe de fazer manha!

O campeão ergue com muita dificuldade, por um triz apenas, logo larga causando um buraco no piso.

_Antes da posse vamos brincar de carimbo com a semente como bola.
_Não ficou combinado que eu assumiria, Augusto?
_Tá certo, após o jogo, pois esse nos fortalecerá. Espero ver-nos poderosos como éramos antes de Negüidâd, Astro e Flod’ambrópio, no entanto, se não concordarem comigo, que assuma o trono agora o novo rei.

No jogo só após cinco horas alguém consegue arremessar a “bola”. Treinam todos os dias, durante seis meses. O infante vence sempre, todos os outros, prefere esse um contra todos.

Um dia Éctor acerta Augusto no centro da testa com tamanha força que a semente parte-se ao meio. A obra-prima cria um campo-gravitacional, suga alguns quilômetros ao redor de si e fecha-se.

Augusto abre os olhos, estivera dormindo todo esse tempo, desenrola-se, acende a luz e começa a entender que Aliança RútilaVitamina-Mestra, I.T.I.E.C....

_Não pode ser verdade! _Brada aflitivamente entre soluços e lágrimas. Ele encontra uma semente na cabeceira da cama.

Cá pra nós, existimos de verdade ou somos um mera ilusão do Augusto?

Amadeu Nuvem

AUGUSTO (15º conto)

Augusto não compreende o porquê daquela semente na cabeceira de sua cama, grita por seus pais, repara que seu quarto era, no mínimo, muito estranho, não tinha nenhuma lembrança daquele local, muito menos daquela porta metálica ultra-reforçada.

O prisioneiro tenta arrombar a socos e pontapés a única passagem do recinto, esqueceram de pôr janelas, suas mãos sedentas ao entrarem em contato com a semente possibilitam o desenvolvimento desta.

Um arbusto surge aos poucos, frutos alimentam ao preso confuso que decide fazer armadura dos galhos, folhas, sementes e espinhos, e um desses últimos serviria de gazua para o piá.

A cama também é utilizada para retoques finais, as molas dão impulso e velocidade, o colchão conforta o interno da vestimenta, a madeira é obra das asas, elmo gládio e pavês.

_Colibri, é assim que me chamo. _Falou consigo.

_Onde pensas ir? _Diz a sentinela.

_O Bem-te-vi vomitou carniça, o Burro morreu, no entanto, meu pingo d’água é bem distante daqui.

_Pegue e vista, seja um dos Abutres como nós!

_Sou Colibri, não Abutre, seguirei meu destino longe de vós. Antes ser ave solitária que ter como vizinhança carniceiros, que em vez de zelarem pela vida vivem alimentados da Morte.

Os Abutres tentam capturar Colibri, que os acerta com a espada, o escudo, uma armada e uma chapa rodada, e levanta voo rumo a um destino a se construir.

Amadeu Nuvem

 
ANJO NEGRO VERSUS COLIBRI (16º conto)

CAP1: ALIANÇA RÚTILA E O COLIBRI DOURADO

Colibri voava sem rumo, lembrando de Asabarcelri, será mesmo que imaginara todas aquelas personagens? Longe dali existia outro com seu mesmo nome, Augusto, o Anjo Negro, o qual encontrava-se trancafiado na própria semente, esta se detona a rechear quilômetros quadrados de montanhas e florestas, sem contar a “ave”, que passara a chamar-se Colibri Dourado.

Com a Aliança Rútila fora de ação, os Abutres governam o planeta, aquela, ao sair da semente, fora capturada pelos segundos, que acabavam de invadir Asabarcelri.

Anjo Negro, depois de nocautear alguns Abutres, foge pelo ar, esbarrando em Colibri Dourado. Começam a duelar quando são capturados

_A culpa é sua! Se prestasse mais atenção no caminho que segue, esses malditos nunca nos alcançariam! _Relata Colibri Dourado em fúria.
_Que adianta discutirmos a causa perdida? _Conclui o outro.
_Mas, isso poderia ter sido evitado, se...
_Está bem, mas poupe-me os ouvidos dessa baboseira!

Ambos fogem minutos após ao encarceramento.

CAP2: URUBU-REI

A sala do chefão é aberta.

_Por que não bate?
_Pois não, chefe, bato agora.

O soldado Abutre aplica vários golpes mal-sucedidos, logo sendo arremessado à parede.A porta é novamente aberta, e a cena se repete.

_Que pensam os dois, têm a petulância de imaginarem-se páreos para mim, vosso mestre, Urubu-Rei?
_Jamais fui, nem serei, seu discípulo, há tempos luto contra o mal e serei vitorioso. Saiba que será derrotado pelo Anjo Negro!
_Também nunca estarei a vossa mercê, hei de destruí-lo, palavra de Colibri!

Urubu-Rei aperta um botão, abrindo uma passagem, dela surgem outros chefões: Fênix, Corvo Branco, Gralha e Meteoro, cada qual dispunha de esquadrão próprio.

Fênix lança chamas, Corvo Branco congela-os e Gralha emite um som estridente, os três golpes combinados estraçalham as placas dos miúdos.

Anjo Negro cria um imenso buraco-negro, entretanto, Meteoro, com sua telecinese, joga os Augustos nele, sugando para si os poderes de ambos.

_Vocês se precipitaram com a tolice de vencerem e mim. Agora, estão aí derrotados. Rendam-se aos governantes deste mundo ou morram! Admitam que eu sou seu soberano. _Pavoneia-se Urubu-Rei sem imaginar o quanto cantara vitória em tempo indevido, quem previsse o futuro perderia a mania de ser atrevido.

CAP3: PIRILAMPO E PETRO

O curumim, que outr’ora intitulava-se Colibri Dourado, dá um soco no solo puxando a própria sombra para dela fazer armação, nomeando-se Petro.

O guri, que fora conhecido por Anjo Negro, põe as mãos para cima fechando-as e arrastando-as para baixo sugando a luz para si, denomina-se Pirilampo.

_Vocês irão sentir a potência de vossos desafiantes, é chegada a hora de vossa morte. _Ambos falam em sincronia, lançando o raio com todo seu poder combinado. _Aurora Ocidental! _Os antagonistas, o salão e até metade de Asabarcelri são destruídos.

_Sairei pelo mundo a caçar Abutres, todavia, inda volto para um duelo mortal entre nós, apenas um Augusto deverá existir. Esteja preparado!
_Estarei. Reconstruirei minha cidade natal, caçarei Abutres em meu governo, aguardo seu retorno ansiosamente.
_Arivederci, Saracura!

CAP4: A BATALHA FINAL

Os Abutres estavam “extintos”, de um lado do planeta Pirilampo reinava, do outro, Petro. Asabarcelri recebe a ilustre visita daquele que prometera retornar.

_Como você vê, meu caro Augusto, estou de volta. _Apertam-se as mãos.
_Creio, meu xará, que já é chegada a hora de disputarmos o título de czar do Planeta.
_Sim, mas, antes gostaria que soubesse, sou um clone seu, fui fruto de experiência dos Abutres, conseguiram seu D,N.A. por intermédio de Negüidâd, um caudilho de Gralha, Astro, dirigente das tropas de Corvo Branco, e Flod’ambrópio, um comandante de Fênix, que por sua vez, eram capitães de Urubu-Rei, esse também tinha Meteoro por administrante de tropas, mas pertencia a uma facção d’As Hienas, um grupo que fora comandado por Sírio, todavia, seguiu desvinculado deste que imperava um grupo de seu mesmo nome. Um Abutre revelou-me isso antes da falecer. Por isso tenho poder semelhante ao seu.

Os reis concentram o poder num soco, ambas as chapas fragmentam-se numa detonação, os dois em chamas caem e morrem, as cinzas que sobram espalham-se ao vento.

Um raio corta os céus divisando dia e trevas, um tornado de trovões enérgicos assombra, algo não visível se forma da mistura de luz, cinzas e escuridão. Alguém sai do turbilhão em direção ao povo.

_Quem é você? _Indaga Nuvem.
_Não reconhece a tua estirpe? Viu-me aqui mesmo há pouco.
_Augusto!
_O próprio.
_Mas como, se o vi falecer nesse instante, o que aconteceu de fato? Explique-me.
_Minha infância anoitece para que a fase adulta amanheça.

Amadeu Nuvem

SÚBITA PAIXÃO DE UM DANÇARINO (17º conto)

O sorriso dela me atraiu, sem perceber, lá estava, eu, convidando-a para dançar, contudo, vejo-a ser puxada abruptamente pelo braço. Pergunto-me se era seu namorado ou simplesmente um engraçadinho que me roubara a vez de tê-la por meu par.

Deixei-me perder em meio à multidão de pares, o ar pareceu-me rarefeito, o que fazer? Uma lágrima foge do olho esquerdo, descendo retilínea sobre meu coração, certa dose de angústia desliza garganta a baixo em um gole.

A música dá uma trégua, consigo localizá-la, a deixa que precisava. Interrogo-a sobre um possível baile entre mim e ela, resposta negativa, argumento um porquê, ela diz não saber dançar, demonstrando desinteresse. Indago se aquele que a puxou seria seu namorado, digo meu nome, quando peço telefone ganho uma desculpa.

Chama-se Leila, sem namorado, entretanto, parece fria, será timidez ou apenas indiferença para comigo? Vou até a garota pela última vez, entrego uma folha com o desenho de seu rosto e uma poesia que fiz durante a festa, porém, saio do clube sem esperar o resultado causado pelo meu presente.

Ligo a chave, escuto uma pancada, olho para o lado, abaixo o vidro, uma garota apresenta-se como Cheila, irmã de Leila. Recebo uma folha, a mesma que eu havia entregue, a garota não gostou, foi o que me ocorreu, todavia, desliguei o carro e olhei novamente para a folha. Tinha um número de telefone, liguei imediatamente, ocupado, seria uma brincadeira? Dei a partida mais uma vez quando escuto nova pancada, era Leila, entrou no carro e beijou-me. 

Amadeu Nuvem

O PÍFANO (18º conto)

Pinóquio, fugaz de nascença, berra implorando por socorro, quando é pego pelos Ninjas Negros, facção d’As Hienas. Logo, teias pregam alguns dos malfeitores à parede, pouco depois, um laço derruba outros. Um raio azul explode, ouve-se o som de um berimbau aproximar-se cada vez mais.

Um carro de luxo para, o motorista, que é 007, sai atirando, no banco ao lado a garotinha, Mônica, segura firme sua arma de guerra, um coelhinho azul chamado Sansão, da parte traseira surgem: Homem-Aranha, Mulher-Maravilha, Ryu e Amadeu.

O carro é arremessado para longe, Homem-Aranha e Mulher-Maravilha, com muito custo, evitam que uma criança e uma pessoa idosa sejam atingidas, porém, acabam nocauteados, puro golpe de sorte dos adversários, pegando-os de supetão.

Enquanto isso, Ryu liberta o boneco de madeira.

_Rendam-se, ou seu chefe morrerá! _Grita Mônica, vendo que James Bond tem na mira o Ninja diferente dos demais, o qual intitula-se Corvo Branco.

_Não será fácil assim nos render. _James, Mônica, Peter Parker, Diana, Ryu, Amadeu e Pinóquio são suspensos do solo por um segundo Ninja distinto, de cores azul e amarela, que denomina-se Meteoro.

Mais tarde, no cárcere, Amadeu ordena ao fantoche que minta desesperadamente, o nariz da marionete cresce como as sementes de “João e o pé de feijão”. Por entre as correntes, cada uma parte da madeira, de forma que saiam sete bastões, um para cada.

_Heróis em todo o planeta são alvo de sequestro, para servirem de mão-de-obra escrava, depois de capturados são submetidos à lavagem cerebral, fazendo com que esses prendam outro heróis. _Ao término dessas palavras, transmitidas em rede internacional, o repórter Tintim, o qual fazia a matéria, é atacado por Seiya, Eddy, Liu Kang e He-Man, que é mordido por Milu, o que comprova a veracidade dos fatos.

Flay, na moto de Giban e com Medálion em mãos, espada de Kamerayder-Blach-RX, foge de Gyráya, que está dentro do robô dos Martimans.

Os Flashmans e os Troupers tentaram capturar Yusuc Uramech e Shurato, sem êxito.
Obelix, Carrie, Catherine e Quasímodo enfrentam os Cyber-Coops Gotem.

Jáspion é vencido por Harry Potter, Frodo e Sony.
Hech perde Pikachu.

Menino-Maluquinho acerta Jack com sua panela e defende-se da espada do samurai usando o escudo de Hérick.

Os Changerman lutam contra o Capitão-Rapadura, que acha a Espada Olímpica e Excalibur.

Todos os deuses estão em guerra, Olodumaré dá uma armada dupla em Amon-rá. Zeus, Tritão e Posseidón batalham contra Xiva, Seth, Tutátis, Belenos e Ianejar, a Mulher de Aruãma é capturada por Buda (Sidarta Galtama), Deus e Deusa socam Tupã, Coraci e Alá.

O Céu estremece e a Terra vai no mesmo sentido, Praça-Quinze continua alheio à tudo isso, topa na Espada Justiceira, todavia, ele também é obrigado a se esquivar de inúmeros golpes, objetos e raios que insistem em persegui-lo, esbarra em Pixote, que empunha a Espada De Prata.

Em meio a essa confusão, Feiurinha, com seu bode fedorento, Mafalda e Calvin, com seu tigre de pelúcia de nome Hobbes, têm “Uma ideia toda azul”, talvez até mais perfeita que “Pasárgada” ou a derrubada do muro-de-Berlim. Decidem trabalhar numa invenção, a arma da paz.

Arma pronta, Calvin experimenta, tudo se acalma um pouco, todos param enfeitiçados pela serena melodia do Pífano Mágico.

Amadeu Nuvem

CRISE 19º conto

Na sala de parto, cirurgião e enfermeiros entreolham-se com preocupação. Lá fora, o marido impaciente, inquieta-se, olha para o relógio.

_Já estão lá há duas horas! _Levanta, anda de um lado para o outra, assovia, canta, vai ao banheiro várias vezes, bebe água sem parar.
_O senhor deseja assistir ao parto? _Pergunta a enfermeira.
_Melhor que ficar esperando. _Conclui ele.
_É menino? _Pergunta ao médico.
_Sim. _Este lhe responde sem animação.
_Qual o problema, Doutor?

O profissional ensaia como dar a notícia catastrófica.

_Está vivo, não? É normal, não é? Então, qual o problema, Doutor?
_Sim, está vivo. É normal, contudo, aparentemente.
_Como assim? Diga logo!
_Bem... _O homem escuta atentamente, tal qual criança diante duma bronca. _seu filho, ao que parece, é mudo, e surdo. _O homem baixa a cabeça a cada palavra do médico, sentira como uma punhalada nas costas a última frase. _Além disso, é cego e paraplégico.

O sujeito sai desesperado pelos corredores, com a mão na boca, em grande velocidade, para o banheiro. Levanta a tampa do vaso, tira a mão da boca, ajoelha-se despejando pela encanação todo o horror causado por tais informações.

_Por que isso foi acontecer justo comigo?_Interroga-se com ódio, mas o espelho jamais poderá responder-lhe. 

De volta à sala, agora devidamente controlado, depara-se novamente com a realidade abominável.

_Nasceram outros. _Fala o cirurgião, sem saber se dá os parabéns ou os pêsames.
_Quantos são ao todo? Algum é “perfeito”? Onde estão? Quero vê-los, agora!
_Venha comigo. _ O cirurgião o puxa pelo braço. _ Olhe meu rapaz, acabo de ser pai também. _O médico abraça o ouvinte e começa a chorar.
_Seu filho é normal, Doutor?
_Natimorto. Mas, minha mulher não sabe, pensa que este na incubadora, já você teve quatro filhos...
_Quatro? Onde estão? Quero vê-los!
_Estão perto daqueles outros recém-nascidos, já lhe mostro, deixe-me concluir...
_Pois, seja breve.
_Minha mulher não é lá muito forte, sabe? Então, eu pensei...
_O quê? Diga!
_Se você me desse o seu filho, aquele que nasceu cego, mudo, paraplégico e surdo, para que eu criasse como meu...
_Nem pensar, Doutor. Entendo sua situação... Mas não posso, é meu filho!

O médico sorri: _Esta foi a resposta que eu esperava.

Agora parecia acender-se uma luz interior de sua mente, compreendeu a intenção do médico, o fato de ser pai importava mais que praguejar o mundo pelo ocorrido, o blefe do cirurgião servira para que notasse a força do instinto paternal escondido no rosto abalado há pouco.

O cirurgião ensaia como dar a notícia completa.

_Sente-se, meu jovem. _Uma enfermeira surge com um comprimido, calmante, e um copo d’água. _Beba. _Aconselha o médico.
_Já estou calmo o suficiente. _Recusa o homem.
_Beba, lhe fará bem, confie em mim. _Insiste o cirurgião.

A enfermeira senta-se ao lado, planejando como contar o fato, e vendo que o sujeito, mesmo a contragosto, havia tomado o comprimido, solta a bomba: _Sua segunda filha é do mesmo caso do primeiro. Os que nasceram após, aí sim, ouvem, enxergam, movimentos normais, irão falar normalmente.

_Posso vê-los agora?
_Há outra coisa.
_Desembucha, moça.
_Os dois...
_Primeiros ou últimos?
_Últimos...
_Você garantiu que eram normais!
_Para siameses, sim, sem dúvida; um casal bem saudável!

Amadeu Nuvem

YAMANDÚ VERSUS JACK BÄUER (20º conto)

CAP1: OS FILHOS DE CURUPIRA

_Hiper estrela de fogo! _Ataca Muxirali , filho de Magali e Múixira, a Celso, destruindo-o em segundos.

Protexcel, filho de Protoman e Excel, atira em Zinon Iacopt, eliminando-o.

_Ka-me-há-me-há! _Gokumu, filha de Gokú e Yakumu, transforma Morsa, filho de Hálidez e Dara, em cinzas.

Iaraci, filho de Saci Pererê e Iara, desmaia quando atacado pelos três, entretanto, não morre, em seguida, chegam Nixci, filha de Nix e Coraci, Lobgnú, filho de Lobisomem com uma Gnú e Aroldolí, filho de Aroldo Filho e Chun-Li, porém, caem desacordados com apenas um golpe de Protexcel.

Tempos atrás, Curupira multiplica-se em três: Curupira: Demônio da floresta montado num javali super crescido, mulher loura de olhos verdes e orelhas pontiagudas, com beijo letal.

Caipora: Homem moreno agigantado e de olhos puxados, com os pés virados para trás, protetor dos animais terrestres.

Caapora: Mulher negra, protetora das aves (inclusive piguins).
Um Vampiro apaixona-se por Curupira, daí nasce Vancurupira. Caipora e Jaci dão origem a Caiporaci. Caapora e Zumbi geram Zumbípora.

Os filhos de Curupira surgem em auxílio a Aroldoli, Iaraci, Lobgnú e Nixci. Zumbípora dá uma armada dupla em Gukumu, Caiporaci aplica um martelo em Muxirali e Vancurupira investe numa ponteira, no entanto, é seguro pelo adversário, então, tenta a tesoura, mas ao invés de acertar é jogado ao chão, Protexcel o levanta pelo pescoço o arremessando contra Zumbípora, os irmãos batem as cabeças e desmaiam.

CAP 2: CAIPORACI VERSUS PROTEXCEL

Jarelfo, filho de Jaraguari e uma Elfo, aparece socando Protexcel e o derruba num thomas flair, este o segura pelo braço e joga ao solo num golpe de defesa pessoal.

_Não vencerá, Planets! _Grita Caipoaraci.

_Está fora de cogitação? _Protexcel segura Muxirali _União! _Transformam-se em Muxicel.

Caiporaci junta-se com Aroldoli, Iaraci, Lobgnú, Vancurupira e Jarelfo, formam Aroldi.

Zumbípora e Nixci fundem-se, denominam-se Zumbici.

Muxicel lança um raio do punho: _Radiação Hawking!

Aroldi tira seu gorro dourado, abre-o, captura o golpe, dá um nó, lança-o para o alto, salta e saca coma peteca da mão: _Contragolpe Stephen! _ O braço de Aroldi teve efeito de Fonda, o gorro fora atirado com velocidade de uma bala, explodindo, criando um buraco-negro o qual desfragmenta Muxicel sugando-o, Aroldi absorve os poderes do falecido.

De repente um tridente perfura o pescoço de Aroldi, era Tritão que surgira.

_Quero ver quem é páreo para mim. Bona viaje al cel! _Diz o rei sereia com um sorriso caustico, acenando.

_Eu sou Elmonoel, o sangue e a alma de Deus. Prepare-se para ser derrotado por mim, Aroldominus, o Duende Dourado. _Aroldi crava a mão sobre o próprio coração arrancando a alma e dela faz armadura, por conseguinte, puxa o arco-íris para recobrimento, quebra o pote para um sobre-recobrimento, as moedas servem de acabamento e banho.

Zumbici, enfeitiçada por Tritão, funde-se a Gokumu, denominam-se Zumbu.

Outros dois tridentes atingem Aroldominus, um de Aquaman, o secundo pertence a Posseidon, ambos fazem fusão com Tritão, denominam-se Apostão.

_Olhe o que faço com seus brinquedos. _Aroldominus quebra os três tridentes do trio traiçoeiro.

Zumbu e Apostão combinam poderes de ataque contra Aroldominus, o atingido vai parar num Universo muito distante dali.

_Alfazaine!

CAP3: O REFORÇO

“É somente nas equações do amor que existe lógica”
(Jhon Nash: “Uma mente brilhante”)

“O povo precisa de histórias mais que de pão, elas nos dizem como viver e porquê”
(O contador de histórias do filme: “As mil e uma noites”)

Ao abrir os olhos, Aroldominus avista uma paisagem completamente branca, encontrava-se preso ao gelo, caíra em uma canhada. Sem forças, desmaia novamente, sonhara em nomear o recinto de Islândia, Ice Land, terra do gelo.

Por sorte, o lugar era habitado por uma esbelta mulher de nome Atenioçanha, denominada Saíra Azul, pela armadura de diamante azul que fizera.

Ôçanha é um Orixá Africano, perneta, hermafrodita, irmão de Xangô. Ele dividiu-se em Oçacunhã, mulher e Ôçaman, homem. A parte masculina tivera filha com Atenea, deusa da sabedoria, que chamou-se Ateneaçanha. A feminina gerara, do Gênio de Lâmpada, uma menina de nome Gênioçanha.

Ateneaçanha e Gênioçanha fundiram-se em Atenioçanha.

_Sente-se melhor? _Indaga a moça ao forasteiro.

_Após a respiração boca a boca de uma linda dama? Perfeitamente, suportaria ser o herói de qualquer epopeia!

_Gostou da armação álgida que fiz sobre a sua?

_Depende... Que poder ganho com seu uso?

_Aquele que batizei de Retrocésio, permitirá que seu oponente congele por um segundo.

_Como aumentar esse tempo?_ Nesse momento chega Kinsãn, a fusão de Amansãn com Kinspaw.

Amansãn é filho de Yansãn com Amadeu.
Kinspaw é leve o gene de Kim Possible e Spaw, o soldado do Inferno.

_Simples, construa uma placa dos diamantes de sangue, os de Angola, cubra com carbono e vista usando diamante azul, se conseguir Le card d’a mer, melhor.

_Onde os encontro?

_Os trago nesta arca. _Responde Kinsãn pela segunda vez, carregava imenso baú.

Apostão vestia-se argentinamente, caso seus golpes fossem rebatidos seriam retrocedidos aos antagonistas.

Um raio, sem aviso, atinge Kinsãn, precisamente o Radiação Hawking, aprendido por Apostão.

_Estou morrendo. _Fala o semifúnebre, sua vista escurece.
_Não morrerás se der-me a mão. _Garante Aroldi.
_União! _Nascera o novo soldado, Arkinsãn.

Zumbu dá um carrossel em Atenioçanha, que revida dando um thomas flare.

Enquanto isso, Arkinsãn termina sua armadura, como planejado, nomeia-se Ucora. Mal a roupa é posta, Apostão, agora atendia por Bico de Agulha, lança seu golpe.

CAP4: ATZUMBU

Ucóra tem seus poderes roubados, mas não é desfragmentado, embora sendo engolido pelo buraco-negro.

Zumbu funde-se à Atenioçanha, viram Atzumbu.
O buraco-negro é guebrado pelo golpe de Arkinsãn, que o usa para armadura, nomeia-se Escuridão.

Bico de Agulha e Atzumbu combinam golpe: _Radiação-kadabra! _Dois ataques mortais.

Um raio protege Arkinsãn. Uma voz ao longe surge: _Como poderia eu abandonar a minha estirpe? Retorno pela supremacia genética, vingarei sobre sua aporética, renegarei a apoteótica derrota patética.

_Anti-espelho letal!

Bico de Agulha é destruído pelo golpe de Nuvem.

CAP5: AUTOR E FLAUTOR VERSUS JACKAURO

Vênus e barão de Munchausen têm uma filha, Venusen, que funde-se com , Juanida, transformam-se em Flavana. Juanida é fusão de:
Frida, Júlia [“Teken 3”]; Rafaelanna, filha de: Anjo Rafael, Joanna Carda; Floreanna, fusão de: Florenza, Anna Netrebko; Flavana elimina Atzumbu.

Jack Bäuer surge metralhando Yamandú, que para não morrer, funde-se a Escritor, metamorfoseando-se Edú.

Milena (“Mortal combate”) e Minotauro geram Miletauro, este transforma-se em Jáirostavo quando se funde a: Jeronimus Frederick (“As aventuras do barão de Munchausen”,), Gustavo(“As aventuras do barão de Munchausen”,), Pedroca (“As aventuras do barão de Munchausen”).

Outros viram Autor: Escuridão, Statick Shock, Narrador, Amadeu, Augusto, Autor e Flavana geram Flautor.

Miletauro funde-se a Jack, viram Jackauro.

Flautor e o pai liquidam Jackauro.
_Retrocésio!
_Raios Gama!

Amadeu Nuvem

ALÉM DA LUZ (21ºconto)

CAP1: CORACI

Numa aldeia, a qual nunca tivera contato com outros povos, nascera uma criança Albina, tamanha seria a brancura do recém-nascido que pensaram ser o próprio Sol, então deram-lhe o nome de Coraci.

Eis que um dia a pequena aldeia foi invadida por bárbaros, esses ao matarem os vilões protegeram a criança, achando ela tinha origem “branca”. O piá foi adotado pelo líder dos guerreiros, Nelson, um contra-almirante destemido que fez do filho postiço um de seus melhores soldados.

CAP2: NIX

Numa aldeia próxima, nascera a filha do rei Alígero, tão negra quanto a noite, batizaram-na como Nix, menina tão linda quanto atrevida, impôs ao pai aulas de esgrima para si, tornava-se o melhor soldado de seu exército.

A garota ganhara uma armadura de pérolas-negras por haver multiplicado as terras do progenitor em dura batalhas e estratégias infalíveis.

_Hoje só há um rei em todo o planeta tão poderoso quanto eu, Nelson, e só o é há dois meses. Tragam-me sua cabeça, já!

Mal o rei fecha a boca, os portões do palácio são abertos por um valete: _Meu senhor, trago-lhe notícia importante, um rei está aí fora querendo falar-lhe em particular.

_Que entre!

Pierrôt adentra o castelo e segue Alígero até a sala de reuniões.

_O que o traz aqui, majestade!
_Desejo propor-lhe aliança, majestade, peço-lhe que me ajude a derrotar Pavão, ele sequestrou minha filha, Coruja, em troca quer a Rosa de Vidro.

_E por que não a entrega?
_É que se essa tal flor for quebrada libertará um cubo maldito, o dado do chaturanga, que nos aprisionará, a todos, em um Universo alternativo, de onde jamais poderemos sair.
_Seus cavalos serão ótimo auxílio às minhas bigas contra Nelson.

CAP3: A ROSA DE VIDRO

Coraci arranca as presas dos elefantes mortos em batalha e constrói uma armadura de marfim, com gládio e égide.

Enquanto isso, Quíron oferecia um conchavo a Nelson: _É melhor juntarmos meus paquidermes e sua infantaria, que nos confrontarmos, uma vez que Alígero e Pierrôt são aliados contra você.

_Pois bem, atacaremos juntos, no entanto, A Rosa de Vidro é minha!
_Soube que Pavão sequestrou a filha de Pierrôt para consegui-la.
_Então, nos aliaremos a ele.

No castelo de Pavão, Vlade demonstra sua arma de guerra, bumerangues: _Ponha suas tropas aliadas que mostro a eficácia. _O rei não deixa um só homem de pé.

_Vejo, meu caro Vlade, que seremos imbatíveis com as minhas flechas.

Naquele instante, Alígero e Pierrôt tentam convencer Luís Carlos Prestes, demonstram ioiôs de dois quilos para cima, quando um arauto adentra a sala de reuniões de Carlos com uma carta:

Vossa majestade,

Visto que Quíron, Pavão e Vlade uniram-se a Nelson, um sanguinário que almeja dominar o planeta, pergunto se me ajudará combatê-lo.

Responda o quanto antes.

Amadeu
Líder da Aliança Rútila.

O trio prefere ir ao encontro de Amadeu: _Sejam bem-vindos! Vou ensinar-lhes uma arte marcial, já ouviram falar em capoeira? –Mas seria ingenuidade pensar que daria tempo.

_Apresse-se! A Rosa está com o inimigo. _Diz Alígero.
Coraci, naquela hora, ponha a Rosa de Vidro nas mãos de Nelson, que a quebra, sorridente.
_Eu trabalhe em vão, meu pai? _Indaga Coraci atônito.
_Não se precipite, veja, é o dado do Chaturanga, que me dará o poder de aprisionar quem eu quiser. O mundo já está dominado.

CAP4: A REVELAÇÃO

Amadeu toma dado de Nelson e congela ele e Coraci: _Cheque-mate!

_Não cante vitória, rapaz. _Pavão surgia.

Amadeu, com um sabre de gelo, desarma o oponente: _Diga-me, onde está a Coruja!

Lá fora, a batalha pavorosa ocorria, elefantes, bigas, cavalarias e peões caíam ferozmente. Capoeiristas tomavam as montarias alheias, mas ninguém é páreo para Nix, que derrotara mais de mil; mesmo ela fora atingida.

Simultaneamente, Coraci suga toda a luz do Universo e Nix a escuridão, ambos ficam gigantescos percebendo que o mundo é um tabuleiro, e pulam fora.

Coraci tira a máscara e Nix também, embora que as roupas não mais tivessem cor.

_Apenas nós temos a visão holística, os outros estarão em conflitos eternos, lá éramos inimigos, agora não carece disso. Como Você é linda! _Coraci a beija.

Ela conclui, abraçada a ele: _Vivem de ilusões, por isso as guerras infindas, agora são meras peças de xadrez. Vamos jogar? _Sentam no “chão” e iniciam o jogo.

Amadeu Nuvem

COGNATA (22º conto)

CAP1: GAZUA

Em meio ao tiroteio, Natalie rasteja a procura de abrigo, um homem morto, com uma bíblia, cai aos seus pés.

Aviões metralham as ruas, alguns deles explodem, pilotos, de pára-quedas, destruíam casas com sofisticados lança-mísseis. Armas de raio laser torturavam uma frota inteira, e seus cavalos, causando dor inexistente, contudo, um soldado, o Cavaleiro de Prata, não fora atingido.

Minas terrestres arremessavam o Cavaleiro pelos ares, as balas de canhão o abatiam, bombas atômicas tentavam destruí-lo, mas ele permanecia intacto, golpeava seus inimigos com golpes capoeirísticos.

Enquanto isso, Natalie, constrói armação da Bíblia, toda a sua armadura torna-se negra transformando-se em letras, denomina-se Cognata. A nova lutadora agiganta-se, faz surgir sabres e égides de letras, multiplica-se, voa, corre mais que a luz, torna-se mais forte que a própria imaginação. Destrói os invasores em meio segundo.

CAP2: MASTER QUICK

_Impossible! _Berrava o presidente Cracker.
_Bad block disabled versus quick power or ghost? _Indaga-se Hollfertadi, o chanceler.

O filósofo Nietzsche dizia: “Não há fatos, só interpretações”.

Outra tropa foi mandada, nova derrota.

“Ominus vulnerave ultima nectad”

Areado, o presidente decide ir ao encontro do posto de batalha, tão ímpio de tamanho ditirambo. O bramir do torvelinho não impedira o telúrico Cracker, seria uma nova Biquine.

_Your will are my slave! Swap of position, over lock, Poltergeist! _Pensava o chefe de Estado.

O chanceler reunia todo o país para o ataque, no entanto, ouve um brado do supremo líder: _Not your, I play, not go!

O confronto foi rápido, o homem dispunha de imenso poder telecinético, dominara Cognata antes mesmo que esta se desse conta, mas o Cavaleiro de Prata não cedia à mente de Cracker. A solução seria por Cognata para atacá-lo. 

CAP3: SOLDIER BOYS

_Parallel port prefech, clock, to reboot, setup... _Cracker pensava num jogo de xadrez, mas precisamente, in the Queen. _Bealtiful and force a one woman...

Cavaleiro seria o rei adversário, já que todo o país morrera, a exclusão dos que lutavam entre si, entretanto, tratava-se de alguém fascinado por Física, Química, Matemática e Biologia que construíra uma armadura espetacular coincidindo com o momento de ataque dos invasores.

De supetão, Hollfertadi, em desobediência ao presidente, manda tropas em batalha, captura o infante, que o parte ao meio com uma chapa rodada. O chanceler transformava-se em Water, inundando o recinto num triz.

Water joga eletricidade no solo, todos desmaiaram.

CAP4: HOLLFERTADI, HELL COME!

_Adquiri poder aquático, meu caro, e parte de seus elétrons.

_Veritable good, Electroplate boy! _Water aplaude o Cavaleiro de Prata.

Cavaleiro de Prata acerta um chute na lua em seu adversário, que é lançado para fora do planeta do no rio Queronte.

_How are your?

_I’m Latins, gentlemen, Kaphet Trusts, Chic, never of habeas corpus for to the contrilos.

Water eliminou-o, o primeiro dentre milhões de zarapelhos, porém, não precisou destruir todos, pois logo foi considerado King to Hell.

_Setup it,for Ski! _Todos estranharam a ordem, pelavam-se de medo dos deuses, principalmente de God, o mais poderoso. _I will am a New God of Ski and Hell. I’mthe force, power for Water King! Go!

O Purgatório fora destruído, o Céu foi tomado à força, após a eliminação da alma do profeta Maomé, dos arcanjos, anjos e querubins, de Pai, Filho e Espírito Santo, Buda e muitos outros como, Zeus, Amon-Rá, Olodumaré, Deusa, etc.

CAP5: ANJOS DO GELO

O Cavaleiro de Prata rasga as vestes de Cognata, tira–lhe o elmo, suga-lhe um leite negro do mamilo canhoto cuspindo-o, deixando-a sã novamente e sem querer acaba absorvendo um pouco do poder de Cognata que acorda naquele instante e o beija sem parar.

New God congela o Cavaleiro de Prata, mas o deixa forte. O Cavaleiro de Prata cria asas álgidas, florete e broquel e denomina-se agora Anjo de Neve.

Enquanto isso, Cracker despertava.

“Ii faut finir, pour recommencer...”

Nua, de pé, Natalie pede para ganhar vestimenta: _Anjo Guerreiro, pode vestir sua mulher, agora? _Ele lhe a abraça pelo dorso encobrindo-a com seus órgãos de voo, a bela estava assim: Sutiã, minissaia, salto fino, máscara, cotoveleiras, joelheiras, pavês, cimitarra, espartilho, caneleiras, luvas, e protetores para as cochas, panturrilhas, pescoço, braços e antebraços.

_Temam doravante Anjo Álgido_ Assim ela se denomina.

New God constrói dados de vidros, fazendo da dupla Angélica os primeiro soldados acrílicos.

CAP6: O INÍCIO DO RECOMEÇO

_Que acha dessa poesia? _Pergunta Zinon a Gonsala.

_Gosto mais das românticas que das filósofo-melancólicas. _Responde, com sinceridade, a moça.

O casal apaixonado nem poderia imaginar o que o destino lhe reservara (se é que existe destino).

Cracker e seus conterrâneos são soldados de vidro, obedecem a New God que muda o nome de seu ex-presidente, agora um administrador de tropas, para Sírio dando-lhe um exército de comando.

Sírio, antes de ser morto pelo Clube dos Poderosos, domina várias nações com o tráfico de drogas, esse designou quatro Demônios de vidro para comandar o Inferno na ausência de New God:
Fagner, Hádige, André e Deniepanc.

Sírio foi ressuscitado para governar outros três exércitos: O de Vidro, novamente, cujo capitão era MalabaristaO de Diamante, cujo comandante seria AdiamantadoO d’Os Mágicos, que ficara a cargo de Astro, Negüidâd e Flod’ambrópio.

Sírio fundou mais grupos: Os Abutres: Liderado por Urubu-Rei, Gralha e Corvo Branco. As Hienas: Liderado por Fênix. Os Ninjas Negros: Liderados por Meteoro. Esse grupo era formado justamente por Astro, Negüidâd e Flod’ambrópio, o trio de comando dos Mágicos.

CAP7: LEADERS SUPREMES

Arte, um personagem esquecido, puxou-me para dentro da página que eu terminava, mas sou transformado em soldado de acrílico. A poesia já não me pode salvar. Esse personagem é a fusão de: Arthas (“Warcraft”), Arsène (“A luz e as trevas”).

A Aliança Rútila inteira estava envidrada, sem cassorotiba para esconder-me lembro-me de uma partida de xadrez, onde não se pode matar o rei sem acua-lo. Sherlock Hollmes saberia resolver este caso por mim?

Sou convocado a participar de uma rebelião; traziam a Vitamina-Mestra: Dário, Soares, Heráctor, Cícero, Anjo Azul, Clarice, Robsom, Renato, Negro Capoeira, Poeta, Isaura, Vida, Realidade, Fantasia, Escritor (A Criança), Alex, Marco Antônio, Sebastião, Raimundo, Dançarino, Leila, Sheila, Armando, Amelie, Alígero, Pierrôt, Coruja, Luís Carlos Prestes.

Nem Lima Barreto saberia descrever tamanha “Bruzundanga”.

Carlos traia seus amigos, a mando de Craker, formava um grupo para coordenar; o Leaders Supremes, formado por Nelson, Pavão, Quíron e Vlade.

Não tínhamos estratégia melhor que a fuga, escavamos um túnel imenso, lá fora todos eram soldados de New God.

CAP8: CHEILA

Só existia um meio de vencer, sair do livro e fecha-lo, mas não pude, como faria isso?

Somos capturados, mas resistimos, vou até New God, dou-lhe uma chapa rodada. Avisto uma bíblia no chão, rasgo-a para construir um elmo, concentro-me, trago a Lua para perto de mim, faço dela armadura, sou o Cavaleiro Lunar.

Elimino, com o poder da mente, os Leaders, caio exausto pelo esforço, sendo amparado por Cheila que é tão poderosa quanto eu. Ela concentra-se em Carlos, esse adotara o nome de Fantasmogênese, explodindo-o.

Alencar teletransportou-me juntamente com Cheila para fora do livro, mas estávamos desmaiados pelo esforço mental.

Acordei com um beijo de Cheila: _Meu amor, você custou, então, tomei a liberdade de finalizar. _Disse-me ela.
_Então, conte-me.
_New God leva um choque de Anjo Cibernético, _Dizia com o livro em mãos. _Nuvem, em seguida, o congela, Coraci, por sua vez, o esmaga com um pisão. Nix se aborrece e diz: _Que é isso, meu amor, vamos jogar sem quebrar as peças, está bem?
_Não entendi esse final_ Disse-lhe eu.
_Pois espere que eu termine! _Ela volta a ler. _Nix põe outro personagem no lugar de New God, escolhe Napoleão.
_Mas isso não vale! Ele não fazia parte do jogo! _Diz Coraci.
_Então, vamos brincar de outra coisa.
_Não quero mais brincar. _Coraci joga o tabuleiro para longe. _Venha cá! Estou cansado de ser seu rival, dê-me um beijo! _Ela concede.
_Você transformou tudo num jogo? _Perguntei à Cheila.
_Exatamente.
_Eu não faria melhor. _Ela sorri e me beija.
_Vamos escrever outro conto em parceria? _Pede.
_Chega por hoje! _Ela me abraça e ri sem parar.

Amadeu Nuvem

IDEALÂNDIA (23º conto)

CAP1: UNIVERSÓPOLIS

Flautor tropeça, sai cambaleando, volta correndo para chutar aquilo que quase o derrubara. A vareta, que era a varinha de condão de Wendy (“Peter Pan”), parte-se ao meio, voa, regressa como gumerangue fosse, bate no peito do seu lançador prendendo-o no intere dum dado e finalmente se faz armadura.

_Para minha mão destra venham as flautas de:
Hobbes (tigre de Calvin), Ianejar (“A criação dos Waiãpi”), Mulher de Aruãma (“A criação dos Waiãpi”), Porquinho Preguiçoso da casa de palha (“Os três porquinhos”), O flautista de Hamelin.

As flautas viraram luva, o restante da armação seria composta das varetas mágicas de: Harry Potter, Wendy (“Gaspar”), Fada Madrinha (“Cinderela”), Fada Má (“A bela adormecida”), Joanna Carda (“A jangada de pedra”).

_Para elmo venham a mim: Kriptonitas verdes, Kriptonitas vermelhas, Pedras do Sol (“Dinotopia”), Pedra Filosofal (“Harry Potter e a pedra filosofal”), Pedra da Lua (“A Pedra da lua”).

_Para meu rosto, quero as máscaras de: Loki (“O filho do Máscara), Vega (“Street Fight”), Dom Juan de Marco, Marin (“Os Cavaleiros do Zodíaco”), O filho de Dartanian (“A máscara de ferro”).

_Para meu braço canhoto os escudos de: Eric (“Caverna do Dragão”), Atenas, Shiryu (“Saint Seiya”), De Prata,Vermelho de “Castelvânia” (o mais poderoso) e o do Capitão América.

_Para o pé destro, as espadas: Olímpica (“Gyráia”), Medallion (“Kamen Rider Black RX”), Justiceira (“Tander Cats”), Excalibur (“Os três mosquiteiros”), De Prata.

_Para o canhoto, os anéis de: d'O poder (“O senhor dos anéis, as duas torres”), Gaia (“Capitão Planeta”), O Gênio (“Aladin”), O tio de Kassandra (“Kassandra, a rainha das bruxas”), John Stuart (Lanterna Verde de "Liga da Justiça").

_Para batalha, os sapatos de: Hermes (Mitologia greco-romana), Rubi (“O mágico de Oz”), Velocidade (Kin Possible), O trio espião de Tharles (“Três espiãs demais”), Cristal (“Cinderela”).

_Agora, as motos de: Os Power Randers, Jiban, Kameheider Balck RX, Os Cybercops, Os Juízes (“O juiz”), _Criarei meu país, o chamarei de Universópolis.

CAP2: PENAUTOR VERSUS CHUCKNORY

Aqueles que alcançam o poder uma vez jamais serão os mesmos
(Mestre dos Magos, em: “Caverna do Dragão”)

“Uma gota de chuva move o oceano”
(1a lei de: “Dinotopia”)

Universópolis é invadida por: Penadinho (“A turma da Mônica”); Junarck, fusão de: Joanna D’arck, Joanna e Carda (“A jangada de pedra”); Bu (“Monstros S.A.”); Dina (“Slent patner”); e Alice (“Resident Evil”). 

Os “invasores” fugiam de Thucknory, fusão de: Thuck (“O boneco assassino”), Jaison (“Sexta-feira 13”), Gaspar, Hell boy, Predador.

_Fragmentação! _Chucknory atinge o criador de Universópolis.

_Apenas uma chance terei de salvá-lo e vencer el huésped maldito. _Fala Penadinho apertando a mão de Flautor. _União! _Um novo guerreiro de forma, Penautor.

_Gate Way to Hell!- Chucknory lança outro raio.

Autor une-se ao filho caído, viram Terautor.

Terautor Lança um raio: _Borrador-corretivo! _mas atinge um forasteiro, o Az de Lex Lutor (“Liga da justiça”), que nunca fora derrotado.

_Reflexão dupla! _O golpe é relançado com dupla intensidade, todavia, atinge o outro Az, a garotinha de Curinga (“Liga da justiça”, erroneamente traduzido como Coringa).

Morcept (Morsa, Zinon Iacopt e Celso) soca Az, o robô, três vezes e some, depois ataca novamente para fundir-se em seu oponente. 

_Explosão nuclear!

Simultaneamente a queda de um Az, o outro, a garotinha, atinge Terautor que corre para o amigo em desespero e funde-se à Junarck. Surgem, então, dois new tanders: Teraz: Terautor, Morcept, Az; Junaz: Junarck, Az.

Junaz prepara-se para atacar Teraz quando é atingida por um tomasflair de Flavana e desmaia, contudo, a outra é desfragmentada com uma chapa de Minach, fusão de: Michelle Rodrigues, Anna Bolt e Milla Jovovich.

CAP3: DAMAZ

Junaz funde-se a Minach e Danibin, viram Damaz. Danibin, fusão de: Góbin, Danielle Baubahack (do filme: “Para sempre Cinderela”).

_Flavanna, returnai de los muertos! _ Teraz ressuscita Flavanna.

Damangy elimina Flavanna com seu golpe: _Passcod to Hell! _ Ela é uma fusão de: Angelina Jolie, Angy, filha de:Angelina Jolie e Chuck Norris, Damaz; Dany, filha de: Damaz e Mirony, fusão de:
Mário (“Super Mário Allstar”), Sonick (Warner Brós), Sony (“Eu, robô?”) e Ligeirinho (Warner Brós).

“Não somos senhores deste mundo, somos seus filhos”_Diz Archibald Belaney (Archie Grey Owl ou Grey Owl) que funde-se a Teraz, virando Arceraz, o novo guerreiro logo ataca Mayory: _Hive of Weapon! _fazendo-o desmaiar.

Mayory é junção de: Kevin Arnold (“Anos incríveis”), Chuck Norris, Mirony.

Damangy parte para cima de Arceraz que a congela.

_Acalme-se, dona! _O gelo derrete, ela se solta, dá uma voadora, ele esquiva, mas cai sobre esta. _Você está muito tensa, dona. _Ele a beija e congela outra vez.

_Raio de fogo demolidor! LASER destruidor! _Arceraz é atingido por Mayory, que acabava de acordar.

_Ice glacial! _Arceraz não consegue apaga-lo.

_Fire vulcânico! Tente esfriar este.

Skywalker recebe um golpe letal de Damangy: _Granizo fatálico!
_União! _ Skywalker e Arceraz viram Arker.

Mayory e Damaz combinam golpe: _Choque térmico! _ A mulher, com o gládio de Skywalker, parte o impassível receptor ao meio.

Dário segura os pedaços. _União! _ Surge Arkério, que segura a espada de He-Man. _ “I have the power!”

Mayory, com a adaga do Zorro e Damangy, com a de Skywalker, imitam Gyráya: _ “Golpe lateral!”

O outro aplica uma voadora à lá Kameheyder Blach RX em Mayory, depois de desarmar esse e sua aliada. _ “Golpe louvadeus!”

Arkério hipnotiza Mayory, o faz construir um Universo batizado de Idealândia.

Damangy elimina Mayory, beijando Arkério. _Passcod to Hell! LASER fragmentador!

_Por que fez isso?

_Apenas os fortes devem sobreviver. _Responde a traidora.

Alguns anos depois, Arkangy e Damério, irmãos gêmeos, filhos Arkério e Damangy, de brincam de fight. _Etétric dez centilhões de walts!

_Choque termo-dínamo-nuclear!

_Piro-algidelétric-radiation!

_Dados cancerígenos!

_Dardos de adamantium!

_Tempestade magmática!

_Corrente magnética!

_Torpedos envenenados!

_Balas de diamond teleguiados!

_Avalanche de explosões!

_Parem com isso! _Ordena o pai, congelando-os.

_Vamos fabricar mais uma dupla de pirralhos enquanto esses tentam libertar-se.

_Ofcourse, madmoiselle. Su desejo es ordene para io.
Alguns anos mais tarde, outros gêmeos lutavam, Dangy versus Ary.
Nisso, os congelados libertam-se, finalmente, fundem-se aos outros dois. Agora, os quatro são Arkeriangy.

_Duvido que me congele novamente. _ Duvida do patriarca Arkeriangy, mas, Arkério não discute, apenas o congela.

E anos após, outros gêmeos batalhavam, Dark e Adam.
_Universimoto! _ O primórdio golpe de Adam destrói o Cosmo.

Amadeu Nuvem

DEUS VERSUS ADAM (24º conto)

CAP1: SPACEMAN

Adam constrói uma fresta no espaço-sideral do não-existir que o rodeava, salta através regressando a um momento em que a odalisca anil golpeia o guarda com se as pernas fossem hélice num chute digno de Van Damme. Abre novamente a fenda convidando a guapa, que, embora assustada, o seguia. De repente, o Universo parece reviver, galáxias reaparecem, mas, os dois são expelidos sem saberem de quê.

_Meus olhos me enganam, dama, um spaceman é o que avisto, a solidão deve ter-me enlouquecido.

_Hurafa, Kadabu! Allahu aclam. Sarat kamã jarya aknãf, matal min sabil, hadit, asbãh, min kitãb alawrãq, inad sirazad, asbãh aska min amtal, qisas, inqilab alahwal, naz’air, quawl, almqaddima. “Almujallad alwwal min kitãb alcibarwa diwan almubtada wa alhbar, dar alkitab allabunani”. Hilya, muruj addahab, musarimirun, fatímida, musamirun-hadites-gahramana, afsãn, wanduca, muharrifun, alfann alawwal alfhirist mythos-hurafat masnuca, “Almuhalla bi alascvcar”, apud asmar tuharrifuru, “Almawaciz wa alictibar fi dikr alhtal wa alatar”, “ces histoires, on alla jusqu’a les comparer aux histoires d’al-battal, des Mille et une nuits et d’autres senbables”, “Kitab fihi hadit alf layla”. Sendbar ihbariyyun! _Diz a odalisca meio que pasmada.

_Você é Adam e ela Tay. Agradeço por devolver-me a vida, todavia acidentalmente, enquanto voltava no tempo, contudo, devo destruí-lo, pois está quase tão forte quanto eu, e por isso, corre-se o risco de existir um Universo duplo. Eu sou o Universo, você é parte de mim, mas, não posso mantê-lo em meu corpo, já me destruiu uma vez com seu “Universimoto” maldito, não permitirei que o refaça.

_Então, Cosmi, você expulsou-nos por mim?
_Sim, sou Dio, nem por isso louco.
_Proponho uma batalha de semideuses, construa o ringue, traga cinco lutadores que trarei os meus, o grupo vencedor do campeonato deixará extinto um de nós. Preparado para o backspace?
_Que comece the war! _Tay fora presa numa gaiola.
_Ei! Não combinamos isso! _Diz Adam revoltado.
_Esse assunto é pós-campeonato.

CAP2: ICOS

A escalação é a seguinte, do lado de Deus: Cristo, Sansão, Thor, Osíris, Hércules, Do outro: Morsa, Iaraci, Anjo de Neve, Curinga, Nuvem.

Cristo lança um raio, Morsa rebate com uma das mãos, atingindo Deus, que, morto, é absorvido por Jesus. Um segundo raio elimina Morsa, que transforma-se em gás, sendo absorvido pelo antagonista.

Curinga congela Osíris, explodindo-o, no entanto, o deus dos mortos ressuscita-se velozmente trazendo consigo: Jason, Freddy, Lucien (Underworld)Carrie, Constantine, Abrahan Van HelsingHellboy, Bambi (de Atsushi kaneko)Nexus (de Mike Baron), Madman (de Mike Allred)Os Impossíveis Homem-Mola, Fluido e Multi-Homem), Os Superamigos (Ou Liga da Justiça) e Logum Edé (orixá hermafrodita: Mulher: Vive nas águas, vestindo-se com uma yabá, saia rósea, coroa metálica dourada arco e flecha. Homem: Vive na mata, usa capacete metálico dourado, capangas, arco e flecha ou gládio. É filho (a) de: Oxossi e Ogum).

Com a armadura feito pó, Alencar fecha os olhos, concentra-se, congela seus inimigos explodido-os, entretanto, Osíris retorna, segura-lhe o pescoço e o enforca, mesmo sobre choques intensos.

_Quase perdi. _Reconhece o senhor dos mortos._Thor acerta marretada violenta em Anjo de Neve, que quase desmaia, voa longe, congela o filho de Odin e, com um raio, arrancar-lhe a cabeça. Anjo de Neve sai zonzo.

Nuvem constrói um homem elétrico que derrota o filho de Zeus com um simples martelo de cem mil volts.

Iaraci dá uma rasteira no adversário, que levanta e cai com uma armada, depois uma ponteira, chapa rodada, carrossel, benção, tesura... Todavia, apenas um soco deixa-o desacordado, Sansão joga-o fora do ringue.

Cristo e Osíris correm para Iaraci, levantam-no e dão as mãos a Sansão. _Viremos um só. _Ordena Cristo. _União! _Nasce o novo guerreiro de nome Icos.

CAP3: QUEM FICA COM TAY?

Icos enfrenta Anjo de Neve, Adam assiste, distraído.

Enquanto isso, Nuvem liberta Tay e foge para longe, inicia a arquitetura de seu próprio reinado, Iceland (é, eu sei, esse país já existe!).

_Venci! _Brada Icos, contente.

_De vero, no, falta Nuvem, esse traidor, que fugiu com minha odalisca. Matem-no!

_Antes nos fundiremos. _União. _ Surge Ian.

Ian acha o Universo gelado, encontra Nuvem nu sobre a moça.

_Cumprimente meus guardas.

Ian avista uma mulher ao longe. _É sua filha? _Ian faz uma pergunta retórica porque não tem o que falar, mas era Isadora que esperava a vez de ser amada.

Homens de gelo e eletricidade lutam capoeira com o visitante que os vence e a assiste Nuvem com suas belas, Tay, Isadora, Kristin Kreuke Anna Netrebko.

_Você não é um lutador, Amadeu, mas um amador, um dia nos enfrentaremos, claro, isso se quiser se libertar, então terá que me derrotar.

_Mais livre que esse instante, está insano, meu caro?

_Obviamente nem se deu conta de que sempre estivemos presos a um deus, ou seja; fixamo-nos à crenças e lugares, não por querer, mas, já nascemos aprisionados, veja! Ou melhor, sinta! _Ian puxa uma corrente enforcando Nuvem e suas amantes depois atinge Isadora com um raio. _Desilusão!

_Que troço é esse? _Indaga Nuvem, enquanto Isadora funde-se a Tay virando Isadory.

CAP4: CLARICE

Nuvem segura a algema de seu pescoço concomitantemente liberando uma descarga elétrica cuja intensidade mata Ian tostado arremessando-o longe, via-se as cinzas espalhando-se lentamente.

Isaura aparece, ela, Tay, Isadora, Kristin Kreuke, Anna Netrebko e dão mil beijos no vencedor que trata de quebrar todas as correntes que consegue, grita aos quatro ventos, ecoavam bastante aquelas estruturas glaciais: _Estou livre! _Mas de supetão surge uma voz feminina, de cuja era invisível: _Amadeu!

Amadeu avista-se em trajes hospitalares.

_Vejo que se recuperou do coma. Soube de sua luta com Heitor e resolvi visitá-lo.

_Ele está bem? _A mente dele indagava por Isadora, mas, ele não perguntaria isso à ela. _Quero dizer, ele não entrou em coma também?

_Sim, entrou, do mesmo modo que você, contudo, recuperou-se há algumas semanas.

_Tive um sonho longo, sabe? _Contou tudo sobre um escritor chamado Aroldo Filho que o havia inventado, Augusto, seu bisneto, Recomeço, uma história fictícia que falava em aventuras impossíveis e que naquele dado instante eles só estavam ali porque alguém, o Escritor mais precisamente, o desejara e cognificara.

_Besteira, meu amigo, tudo alucinação de quem permaneceu em coma por dois anos.

_Você inda namora Edgar?

_Quem?

_E Renato, existe?

_Depende de qual...

_Antônio, Zinon, Alex, Diáfano, Luis, Paulo...

_Calma, você não prefere escrever tudo isso de que “lembra”?

_Mas, seu nome é Clarice, acertei?

_Sim, mas o fato nada prova...

_Tão linda quanto me lembrara. Há algum violão disponível próximo? Se tiver, o traga que comporei uma canção para você, minha ninfa!

Amadeu permanecera louco por muito tempo após sua recuperação do coma, nesse período, porém, compôs como nunca dantes houvera imaginado. 

Escrevera um livro no manicômio, chamou-o de Herança, no qual existiam contos, como: Recomeço, Diáfano, o amuleto de Dário, etc., e poesias, como: Isadora, Fascínio, dentre outros.

O interessante é que Amadeu é o nome de um de seus personagens principais e seu pseudônimo é Aroldo Filho.

_Amadeu, quero um autógrafo.

_Claro, Clarice. Casa comigo?

_Ofcorse! _Beijo-o incessantemente.

_Devo meu sucesso a você, pois, mesmo não acreditando numa frase do eu dizia, incentivou-me a transpor para as folhas, fiz melhor, transpus para o mundo. Beije-me mais com sua lucidez, óh! Clarice!

Casaram-se mais tarde, tiveram filhos. Mas essa história é muito longa.

Amadeu Nuvem